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Negros são maioria no mercado de trabalho, mas ganham menos no DF

Estudo da Codeplan mostra que pretos e pardos representam 65,8% dos que possuem ocupação e 73,8% do total de desempregados no DF

atualizado

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Daniel Ferreira/Metrópoles
mulher negra
1 de 1 mulher negra - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

Comparando o primeiro semestre de 2017 e o mesmo período de 2018 no Distrito Federal, pessoas negras tiveram redução de 2,8% nos ganhos do trabalho, enquanto para não negros houve aumento de 0,6%. Em termos absolutos, a remuneração média dos negros com ocupação reduziu de R$ 2.831 para R$ 2.753, e a de não negros foi ampliada de R$ 5.030 para R$ 5.061.

As informações são do boletim especial da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) no DF, divulgado em alusão ao Dia da Consciência Negra. O documento foi apresentado nesta terça-feira (20/11), no auditório da Secretaria do Trabalho, Desenvolvimento Social, Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos do DF.

Com base nos resultados, a pesquisa identifica que os negros tendem a compor com maior frequência ocupações na construção e no comércio, segmentos em que as remunerações são menores.

No Distrito Federal, autodeclaram-se pretas ou pardas 67,3% da população economicamente ativa. Com acentuada presença no mercado, pessoas negras correspondem a 73,8% do contingente total de desempregados no DF.

Negros e pardos

No grupo dos que possuem ocupação, negros e pardos representam 65,8%. De 2017 para 2018, a taxa de desemprego diminuiu de forma geral no DF. Foi de 20,3% para 19%. Para a população negra, o declínio foi equilibrado — de 22,2%, em 2017, para os atuais 20,9%. A comparação considera o primeiro semestre de cada ano.

De acordo com o estudo, a população negra se insere no mercado de trabalho de maneira mais precária do que a população não-negra. Exemplo disso é o fato de negros terem maior presença no mercado de trabalho, mas também representarem as taxas mais elevadas de desemprego.

Além disso, o documento pontua que é perceptível a maior presença de negros em postos de trabalho menos protegidos, “nos quais o acesso a direitos trabalhistas e previdenciários é mais difícil, e os rendimentos são sempre inferiores aos da população não-negra”.

Mulheres desempregadas

Em 2018, constatou-se uma diferença de nove pontos porcentuais entre o número de mulheres negras desempregadas (22,6%) em relação aos homens não negros (13,6%).

Na comparação com mulheres não negras, que compõe 17% do contingente, a diferença é de 5,6 pontos porcentuais.

A pesquisa destaca a importância do emprego doméstico na estrutura ocupacional de mulheres negras do DF, com 16,2% delas na profissão.

A Pesquisa de Emprego e Desemprego no Distrito Federal é feita pela Secretaria do Trabalho, Desenvolvimento Social, Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos do Distrito Federal, pela Codeplan e pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

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