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PM que agrediu motoboy no DF: “Vou te pegar, sei onde te achar”

Motoboy perseguido e atacado por oficial da PM prestou depoimento com sua versão sobre o início da briga em Vicente Pires

atualizado 13/03/2023 16:22

Oficial da PM é flagrado perseguindo motoboy em Vicente Pires Imagem cedida ao Metrópoles

Em depoimento à Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), o motoboy agredido por um oficial da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) deu detalhes da discussão que escalou até uma troca de agressões em frente a um condomínio da Rua 8 de Vicente Pires, nesse domingo (12/3).

De acordo com o trabalhador, ele estava na portaria à espera do portão ser aberto para entrar e fazer a entrega. Nesse instante, o veículo do tenente-coronel Marcelo Alves (foto em destaque) deixava o local. O motoboy imaginou que o carro o deixaria ele passar, contudo, ao invés de dar passagem, ainda segundo o depoimento, o PM atingiu a motocicleta, quase o derrubando.

Em seguida, Marcelo teria descido do automóvel e ido em direção ao motoboy, momento em que começou a empurrá-lo. À PCDF, o motoboy acrescentou que o policial jogou a motocicleta no chão e começou a pisotear. Ao tentar intervir, Marcelo teria proferido os seguintes dizeres: “Eu vou te pegar, sei onde te achar”.

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A Corregedoria da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) abriu processo administrativo para apurar a conduta do oficial. Em nota enviada ao Metrópoles, a corporação informou que “providenciou o registro do fato e iniciou o protocolo para abertura de processo disciplinar competente”.

O vídeo mostra quando o PM levanta a camisa e faz menção a pegar uma arma da cintura. O oficial chegou a pegar o capacete do motoboy e quebrar o item na calçada.

Assista: 

 

Lotado na Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF), Marcelo Alves ficou conhecido na PMDF pela carreira de, ao menos, 20 anos de trabalho com foco em áreas como direitos humanos, cidadania e violência.

O oficial é mestre em ciência política e especialista em política criminal, segurança pública e, também, em direitos humanos.

O Metrópoles tenta contato com Marcelo Alves, mas, até a mais recente atualização desta reportagem, não teve resposta. O espaço segue disponível para eventuais manifestações.

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