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Papa-blitz: falsos motoristas de apps lucram com bêbados ao volante

O grupo, formado por falsos motoristas de aplicativo, extorque os donos de veículos autuados e cobra altas cifras para dirigir os carros

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Gustavo Moreno/Especial Metrópoles
Na 1 noite, brasilienses têm dificuldade em cumprir toque de recolher
1 de 1 Na 1 noite, brasilienses têm dificuldade em cumprir toque de recolher - Foto: Gustavo Moreno/Especial Metrópoles

Os pontos de bloqueios e as blitze montadas pela Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) para flagrar condutores que teimam em dirigir embriagados se tornaram uma mina de ouro para uma máfia muito bem estruturada.

O grupo, formado por falsos motoristas de aplicativo, extorque os donos de veículos autuados e cobra altas cifras ao se oferecer para dirigir o carro e evitar que ele seja levado para o depósito do Departamento de Trânsito (Detran-DF).

A coluna ouviu policiais militares da Companhia de Policiamento de Trânsito (CPTRan) da corporação que presenciaram como funciona o esquema. Segundo os militares, existe um comércio ilegal ao redor das ações da Lei Seca. Neste “oferecimento”, sob o olhar da guarnição, é realizado uma extorsão velada do condutor com a cobrança de preços abusivos para a retirada do veículo.

Como não há previsão legal contra o esquema, os PMs pouco podem fazer para evitar a prática.

O negócio imoral acontece com frequência, pois caso o autuado apresente um condutor habilitado, o carro é liberado e deixa de ser conduzido para o depósito do Detran. “São cobrados valores como R$ 300, R$ 400,00 e até R$ 700. Eu já presenciei essa ação e ela ocorre de acordo com o modelo do veículo. Esses valores são cobrados dos motoristas para retirar o carro do bloqueio onde normalmente eles levam até 1 quilômetro à frente e, de lá, entregam o carro para que o condutor possa voltar a dirigir”, explicou um dos PMs que preferiu não se identificar.

Cartel na blitz

Os policiais que trabalham semanalmente nos pontos de bloqueio já identificaram que se trata de um mesmo grupo, formado por oito homens. De tão organizados, eles não permitem que outros falsos motoristas de aplicativo se ofereçam aos condutores autuados por embriaguez. Em alguns casos, já houve desentendimentos entre os motoristas fake nas proximidades das blitze.

Outro ponto que chamou a atenção dos PMs é que, em muitas ocasiões, os integrantes da máfia chegam aos locais da blitz muito antes de os pontos serem montados pela corporação. “É estranho como esses condutores chegam antes da própria guarnição no ponto de bloqueio. Como eles descobrem, é uma incógnita para mim”, disse um policial.

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