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Morte brutal de professora está sem desfecho há nove anos

Janaína Câmara, 23 anos, teve a cabeça esmagada no caminho entre Santa Maria e o Novo Gama. Corpo foi achado seminu

atualizado

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mulher de brincos
1 de 1 mulher de brincos - Foto: Reprodução

Um crime chocante e ainda sem desfecho. Familiares e amigos da professora Janaína Alves Fernandes Tavares da Câmara (foto em destaque), 23 anos, que teve a cabeça esfacelada a golpes de porrete e o corpo seminu jogado em um matagal, às margens da Rodovia DF-290, entre Santa Maria, região administrativa do Distrito Federal, e o Novo Gama (GO), município goiano no Entorno do DF, esperam por um desfecho para o caso ocorrido em dezembro de 2014.

O principal suspeito, denunciado pelo Ministério Público de Goiás, é o ex-companheiro da docente. Heber dos Santos Freitas Ribas responde ao homicídio triplamente qualificado em liberdade. Morosa, a Justiça goiana marcou a audiência de instrução e o julgamento para a próxima quinta-feira (31/8). Esta é a fase de produção de provas em juízo e consiste na oitiva de testemunhas, peritos e no interrogatório. Se não houver ainda diligências a fazer, o juiz pode sentenciar.

Uma série de recursos e a protelação dos depoimentos de testemunhas difíceis de serem localizadas pelos oficiais de Justiça ajudaram a atrasar o julgamento, em, pelo menos, nove anos. “Atualmente, seria impensável um réu demorar 10 anos para ser julgado e possivelmente condenado”, afirmou o delegado Sergio Bautzer, que investigou o caso, quando estava lotado na 33ª Delegacia de Polícia (Santa Maria).

Morte escabrosa

Quando policiais militares chegaram ao local onde estava o corpo da professora, a cena era de terror. A mulher tinha o rosto desfigurado e com o crânio rachado, apresentando vazamento de massa encefálica. A vítima se encontrava seminua, com o sutiã levantado e os seios à mostra. A mulher também teve a calça arrancada e a calcinha rasgada. Havia um preservativo perto do corpo e vestígios de fezes nas coxas.

Nas peças do processo, os peritos do Instituto de Criminalística (IC) e médicos legistas do Instituto Médico Legal (IML) da Polícia Civil apresentaram seus laudos, mas não conseguiram cravar com exatidão se a vítima havia sido, de fato, estuprada antes ou até mesmo após a morte.

A professora municipal de Goiás lecionava para alunos do 1º ao 4º ano do ensino fundamental na Escola Municipal Jardim Paiva, no Novo Gama, no Entorno do DF, e faltou ao trabalho no dia que antecedeu ao crime. No dia seguinte, no entanto, às 15h40, policiais encontraram o corpo da jovem no matagal.

Ciúmes doentio

Nos dias que se seguiram após a localização do corpo, a Polícia Civil do DF não demorou a juntar as peças que apontou a autoria do crime. Janaína viveu com o suspeito pouco mais de dois anos, entre 2012 e 2014, e havia se separado há dois meses, por conviver com agressões físicas.

As apurações apontaram que a vítima começou a sofrer agressões constantes de Heber e decidiu se separar. Depois disso, o homem começou a perseguir a professora. Heber tinha ciúmes doentios e não aceitava o fim do relacionamento. Após a separação, Janaína saiu da casa onde morava com o agressor e alugou uma quitinete no mesmo bairro, mas o afastamento não evitou o crime.

Janaína deixou três filhos: um menino de pouco mais de 1 ano fruto do relacionamento com o homem que tirou sua vida, além de um garoto de 5 anos e uma menina de 6. Atualmente, os órfãos estão com 10, 14 e 15 anos respectivamente.

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