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Militar da FAB que matou colega dentro do Ministério da Defesa é solto

A Justiça Militar ponderou que não há mais motivos que impeçam o soldado da FAB de responder ao processo em liberdade

atualizado

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Homem jovem. Militar que matou soldado da FAB no Ministério da Defesa - Metrópoles
1 de 1 Homem jovem. Militar que matou soldado da FAB no Ministério da Defesa - Metrópoles - Foto: Reprodução

A Justiça militar revogou a prisão preventiva de Felipe de Carvalho Sales, 19 anos, soldado da Força Aérea Brasileira (FAB), Ele matou o colega de corporação Kauan Jesus de Cunha Duarte, 19, com um tiro na cabeça, durante a troca de turno no Ministério da Defesa. O crime ocorreu em 19 de novembro, por volta das 7h, no alojamento da guarda.

A decisão ponderou que não há mais motivos que impeçam o autor do homicídio de ganhar a liberdade e responder ao processo cumprindo medidas cautelares mais brandas.

“Não havia histórico de desavença entre autor e vítima. Ao contrário, os relatos evidenciam que mantinham uma boa convivência e que a morte provavelmente decorreu da irresponsabilidade do investigado. Por essa razão, não há indícios suficientes, por ora, de periculosidade a justificar a manutenção da prisão”, concluiu o juiz militar.

Os advogados que representam a família de Kauan estudam recorrer da sentença. “Estamos surpresos com a decisão e, mais ainda, com a substituição do promotor militar no caso. Recebemos com incredulidade a manifestação pela liberdade do soldado por um crime tão grave cometido no interior do Ministério da Defesa”, disse o advogado Walisson dos Reis.

Veja imagens do caso:

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O caso

O militar Felipe de Carvalho encostou o cano de uma pistola na lateral da cabeça de Kauan ao executá-lo. A coluna teve acesso a detalhes da perícia feita pelo Instituto de Criminalística da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), que mostram como ocorreu o homicídio.

Na manhã do crime Felipe brigou com Kauan durante a troca de turno, antes de sacar a pistola e atirar contra a cabeça do colega. O corpo da vítima foi encontrado dentro do anexo do ministério. O Corpo de Bombeiros foi acionado, mas o soldado já estava morto quando a ambulância chegou.

Como se trata de um crime militar, o inquérito é conduzido pela FAB.

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