A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) divulgou laudo de exame de corpo de delito da bebê Amariah Noleto, de apenas 6 meses, encontrada morta após ser deixada em uma creche irregular de Planaltina no fim de outubro.
Apesar de não ter concluído a causa da morte, o Instituto Médico Legal (IML) apontou que a criança deu entrada no Hospital Regional de Planaltina 10 minutos depois de receber manobras para desengasgar – que não deram certo. O bebê chegou ao centro médico em parada cardiorrespiratória, com palidez acentuada e sem pulso.
Ainda segundo o laudo, a morte ocorreu às 17h41 de 20 de outubro, pouco depois de a criança ter dado entrada na unidade hospitalar.
Já no hospital, o documento aponta que houve várias manobras de reanimação cardiopulmonar, com intubação e outros procedimentos que também não obtiveram sucesso.
Segundo depoimento da cuidadora à polícia, a criança estava dormindo no bebê conforto quando ficou pálida e desfaleceu. O estado de saúde de Amariah, no entanto, só foi descoberto quando os pais da bebê chegaram para buscá-la na creche por volta das 16h50 do mesmo dia.

A Creche da Tia Cleidinha, localizada na Vila Buritis, em Planaltina, abrigava cerca de 40 crianças, mas tinha apenas um berço para todas elasMaterial cedido ao Metrópoles

Os bebês eram colocados em sacos de dormir sem aberturas, que impediam a movimentação dos braços e o quarto era trancadoMaterial cedido ao Metrópoles

Durante as diligências feitas no local, um investigador classificou a creche como "depósito de crianças"Hugo Barreto/Metrópoles
Relembre o caso
Segundo testemunhas ouvidas na época, a Creche da Tia Cleidinha, localizada na Vila Buritis, em Planaltina, abrigava cerca de 40 crianças, mas tinha apenas um berço para todas elas. O estabelecimento cobrava dos pais R$ 300 por mês para que os pequenos ficassem lá em tempo integral.
Os bebês eram colocados em sacos de dormir sem aberturas, o que impediam a movimentação dos braços. O quarto ainda era trancado. Após a divulgação do caso, Marina Pereira da Costa, uma das donas da creche, chegou a ser presa preventivamente em outubro e o local segue interditado.