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Fotos: playboy da batida viajava o mundo ostentando dinheiro de seguro

Glauber Henrique, o playboy da batida, não economizava euros e dólares ao ostentar durante viagens internacionais para Europa

atualizado

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Homem sorrindo
1 de 1 Homem sorrindo - Foto: Reprodução

Um dos líderes do esquema criminoso responsável por simular acidentes de trânsito e destruir carros de luxo para receber altos valores de indenização pagos por seguradoras curtia a vida em alto estilo. O “playboy da batida”, Glauber Henrique Lucas de Oliveira, preso pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) nesta segunda-feira (18/9), não economizava euros e dólares quando o assunto era ostentar durante viagens internacionais.

BMW, Audi, Mercedes: veja carrões apreendidos com “playboys da batida”

Nas redes sociais, o empresário tem registros em destinos sofisticados, como Courchevel, uma estação de esqui nos Alpes Franceses, próximo à Itália e em uma região fronteiriça com Lyon, na França; Genebra, na Suíça; e Turim, na Itália. Desde 2015, Glauber e sua organização criminosa simularam 12 acidentes e destruíram 25 veículos de luxo de montadoras como Porsche, Audi, BMW, Mercedes e Volvo.

Em suas andanças pelo mundo, o empresário não deixava de registrar, e publicar em suas redes sociais, imagens de passeios para países como Espanha, Itália, França, EUA, além de viagens para países árabes. Em várias fotos, o alvo da Operação Coiote, desencadeada pela 18ª Delegacia de Polícia (Brazlândia), aparece sorrindo, devidamente vestido à caráter, como sheiks árabes.

Veja imagens registradas pelo empresário preso pela PCDF:

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Organização criminosa

Nas primeiras horas desta segunda-feira (18/9), a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) desencadeou megaoperação para desmantelar organização criminosa especializada em simular acidentes de trânsito e destruir carros de luxo para receber altos valores de indenização pagos por seguradoras.

Estruturado, o grupo criminoso era formado por um empresário, uma advogada, um ex-policial militar do DF, a mulher do PM e outros dois integrantes. O bando, de acordo com as investigações, faturou pelo menos R$ 2 milhões forjando acidentes violentos, com perda total dos veículos, para embolsar o dinheiro do seguro.

Outro “cabeça” da organização criminosa é o ex-policial militar Rosemberg de Freitas Silva. Ele foi expulso da PMDF por causa da emissão de 150 cheques sem fundos. Os veículos em nome do ex-militar chamam a atenção pelos altos valores. A coluna apurou que Rosemberg é dono de duas Porsches Cayenne, uma moto BMW R1250 e outra Honda PCX, além de três carros de menor valor, como um Honda Fit e um Hyundai HB20.

“Esta é quinta operação da PCDF contra fraudes no recebimento de indenização de seguro de veículos. A cada ação, há diminuição de simulações de acidente em Brasília, o que reduz o risco das seguradoras e, consequentemente, o preço do seguro do brasiliense”, disse o delegado-chefe da 18ª DP, Fernando Cocito.

Veja carro destruídos pelos playboys da batida:

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Fábrica de acidentes

A organização criminosa tinha um modus operandi definido no momento de comprar um determinado carro, circular com ele por alguns meses e depois planejar a colisão. As batidas sempre ocorriam em locais ermos e escuros, para dificultar a presença de testemunhas. Os integrantes do esquema adquiriam veículos importados de certo tempo de uso e de difícil comercialização, alguns ainda avariados.

Os investigadores descobriram que os veículos eram consertados e, logo depois, os criminosos contratavam seguros, sempre com valor de indenização correspondente a 100% da tabela Fipe, muito superior ao valor de aquisição e conserto dos carros. Para driblar o mercado segurador e dificultar a descoberta de vínculos criminosos, o bando se revezava na condição de proprietário, contratante do seguro, condutor, terceiro envolvido no acidente e recebedor da indenização, às vezes via procuração.

Da mesma forma, para dificultar a apuração policial, os membros da organização criminosa registravam as ocorrências dos acidentes por meio da Delegacia Eletrônica, afastando questionamentos da polícia judiciária sobre as circunstâncias dos supostos acidentes. Em seguida, o bando dava entrada no processo para o recebimento da indenização do seguro, sempre com base na tabela Fipe.

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