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Estelionatário que fraudou R$ 300 milhões em contas bancárias é preso

Vítima do golpe, uma empresa de calçados chegou a perder mais de R$ 1,4 milhão com a fraude bancária

atualizado

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Hugo Barreto/Metrópoles
PCDF
1 de 1 PCDF - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

Integrante de quadrilha especializada em fraude bancária foi preso, na manhã desta quarta-feira (13/4), em Teresina (PI). O criminoso é suspeito de fraudar R$ 300 milhões em contas no período de 10 anos.

A ação é do Núcleo Especial de Combate a Crimes Cibernéticos (Ncyber), do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), em parceria com a Coordenação de Repressão aos Crimes contra o Consumidor, a Propriedade Imaterial e a Fraudes (Corf). A prisão foi realizada pela Polícia Civil do Piauí. O mandado foi expedido pela Vara Criminal de Águas Claras.

Em 31 de março deste ano, um casal havia sido preso em Goiânia. Eles também faziam parte da organização criminosa. De acordo com as investigações, o bando atua há mais de uma década, principalmente na Região Centro-Oeste e no Pará.

Vítima do golpe, uma empresa de calçados chegou a perder mais de R$ 1,4 milhão. Estima-se que as fraudes praticadas pelo grupo podem ter alçado mais de R$ 300 milhões, e muitas vítimas ainda devem ser identificadas.

Modus operandi

As investigações começaram em 2019, quando a Polícia Civil do DF prendeu indivíduos que realizavam saques, transferências e conversão de moeda nacional em dólar em uma agência bancária.

Descobriu-se que essas pessoas eram a base da pirâmide da organização, que emprestavam suas contas para serem beneficiadas com o dinheiro do furto. Em segundo patamar, havia os recrutadores de conta bancária e, acima deles, os gerentes de operações.

O dinheiro dos furtos era transferido para as contas dos beneficiários. Assim que os valores ingressavam nessas contas, os gerentes de operações transportavam os beneficiários até caixas eletrônicos e, lá, determinavam quais operações bancárias seriam realizadas.

Por vezes, esses gerentes têm máquinas de cartões de crédito fantasmas para efetuar compras simuladas nos cartões desses beneficiários.

Seguindo o rastro do dinheiro, o MPDFT e a PCDF chegaram aos suspeitos de liderar a organização. Em 2015, eles haviam sido alvo da PCDF, na Operação Safira, que apurou fraudes contra correntistas de um banco, com prejuízo de mais de R$ 40 milhões.

Eles permaneciam em liberdade e continuavam aplicando golpes. Ambos têm antecedentes criminais por duplo homicídio, estelionato, organização criminosa, furto mediante fraude, lavagem de dinheiro e posse de drogas.

Atuação

A investigação constatou que o líder ou um hacker disparava mensagens de texto de celular contendo links que, quando clicados, instalavam um malware no aparelho da vítima.

Confirmada a infecção, integrantes da organização criminosa realizavam contato telefônico se passando por funcionários da instituição bancária, a fim de que a vítima fornecesse autorizações e credenciais de segurança adicionais para as transferências. O dinheiro era destinado de forma pulverizada para diversas outras contas de pessoas que as cediam à organização.

Parte dos autores foi condenada por organização criminosa, furto qualificado pela fraude, concurso de agentes e lavagem de dinheiro. Outros processos estão em estado avançado na Justiça. As investigações continuam, no intuito de identificar novas fraudes e vítimas.

O NCyber ressalta que há consequências em emprestar conta bancária para estranhos e é preciso avisar à polícia quando isso for solicitado. Também reforça que não se deve clicar em links enviados por celular sem confirmar a procedência.

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