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Golpe no Comando Vermelho: policiais venderam 29 fuzis a facção rival

A suspeita apurada pela PF estaria relacionada a R$ 500 mil em propina que o Comando Vermelho deveria pagar para libertar um faccionado

atualizado

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Divulgação/PF
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1 de 1 Imagem colorida de viatura da PF e policial - Metrópoles - Foto: Divulgação/PF

Acostumados a receber propina de integrantes da facção criminosa Comando Vermelho (CV), os quatro agentes da Polícia Civil do Rio de Janeiro (PCERJ) que foram alvo da Polícia Federal (PF) na manhã desta quinta-feira (19/10) não costumavam aceitar respostas negativas dos traficantes. Em uma das ocasiões, os servidores apreenderam um arsenal de 31 fuzis e revenderam pelo menos 29 armas para grupos rivais do temido bando carioca.

A suspeita apurada pela PF estaria relacionada à quantia de R$ 500 mil em propina que a facção deveria pagar em troca da soltura de um integrante da organização criminosa. Como o pagamento não ocorreu em sua totalidade, os policiais apreenderam as armas e apenas duas delas tiveram o depósito da polícia como o destino.

Na época do crime, o quarteto era lotado na Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas (DRFC). A Operação Drake prendeu os quatro policiais civis e um advogado por corrupção e tráfico de 16 toneladas de maconha. Cerca de 50 policiais federais cumpriram cinco mandados de prisão preventiva e seis de busca e apreensão, expedidos pela 1ª Vara Criminal da Comarca de Resende (TJRJ).

Os mandados são cumpridos na capital fluminense e em Saquarema (RJ), em endereços ligados aos criminosos, já denunciados pelo Ministério Público, bem como na Cidade da Polícia Civil, especificamente na Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas.

Os servidores detidos são: Alexandre Barbosa da Costa Amazonas, ex-agente da Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas (DRFC); Eduardo Macedo de Carvalho, também ex-agente da DRFC; Juan Felipe Alves da Silva, ex-chefe de investigações da DRFC; e Renan Macedo Guimarães, ex-agente da DRFC. Além dos policiais, o advogado Leonardo Sylvestre da Cruz Galvão foi preso.

Comando Vermelho (CV)

De acordo com a investigação, que teve início em ação integrada do serviço de inteligência da Polícia Rodoviária Federal (PRF) com a PF, na comunicação e no monitoramento do veículo suspeito, duas viaturas ostensivas da Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas da PCERJ abordaram um caminhão carregado com 16 toneladas de maconha na divisa de São Paulo com o Rio de Janeiro.

Após escoltarem o caminhão até a Cidade da Polícia Civil, os policiais civis negociaram, por meio de um advogado, a liberação da carga entorpecente e a soltura do motorista, mediante o pagamento de propina.

Com a concretização do pacto criminoso, três viaturas ostensivas da DRFC escoltaram o caminhão até os acessos de Manguinhos, comunidade vinculada à principal facção criminosa do Rio de Janeiro, o Comando Vermelho. Em seguida, a carga de maconha foi descarregada pelos criminosos.

O trabalho foi desenvolvido pelo Grupo de Investigações Sensíveis da PF (GISE/RJ) e pela Delegacia de Repressão a Drogas em conjunto com o Ministério Público, por meio da Promotoria de Justiça de Investigação Penal de Resende e com auxílio de promotores de Justiça.

Para o cumprimento dos mandados, a PF teve o apoio da Corregedoria da PCERJ.

Operação Drake

O nome da operação remete ao pirata e corsário inglês Francis Drake, que saqueava caravelas que transportavam material roubado e se julgava isento de culpa em razão da origem ilícita dos bens.

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