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Após ser alvo da PF, Alexandre Pires tira nome de empresário do perfil

O cantor é suspeito de receber mais de R$ 1 milhão de uma mineradora que explora terras Yanomami

atualizado

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Reprodução/ Facebook
Alexandre Pires
1 de 1 Alexandre Pires - Foto: Reprodução/ Facebook

O cantor Alexandre Pires decidiu tirar o nome do empresário, Matheus Possebon, dos seus perfis nas redes sociais. Conforme a coluna Na Mira revelou, os dois foram alvo da Operação Disco de Ouro deflagrada pela Polícia Federal (PF) na manhã dessa segunda-feira (4/12).

O cantor é suspeito de receber mais de R$ 1 milhão de uma mineradora que explora terras Yanomami. Já o empresário é apontado como operador financeiro de garimpeiros ilegais. No total, o esquema movimentou mais de R$ 250 milhões.

Até a tarde dessa segunda (4), Alexandre Pires mantinha o nome de seu produtor no perfil do Instagram. Nesta terça (5), porém, o contato já havia sido substituído pelo e-mail de Samantha Pereira, da Opus Entretenimento.

Confira:

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O empresário Matheus Possebon é um dos executivos da Opus Entretenimento, que gerencia a carreira de nomes famosos da música brasileira, como Daniel, Seu Jorge, Ana Carolina, Munhoz e Mariano entre outros.

Além de empresário, Possebon também se arrisca na carreira musical e já gravou em estúdios internacionais.

A operação foi deflagrada nessa segunda-feira (4/12) e a A PF cumpriu mandado de busca e apreensão contra o cantor, que cantava em um cruzeiro em Santos.

As equipes cumpriram dois mandados de prisão, bem como seis de busca e apreensão, expedidos pela 4ª Vara Federal da Seção Judiciária de Roraima, em Boa Vista (RR), Mucajaí (RR), São Paulo (SP), Santos (SP), Santarém (PA), Uberlândia (MG) e Itapema (SC).

A Justiça determinou, ainda, o sequestro de mais de R$ 130 milhões em bens dos suspeitos.

Veja imagens:

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A operação ocorre como desdobramento de outra ação da PF, deflagrada em janeiro de 2022, quando 30 toneladas de cassiterita extraída da TIY foram encontradas na sede de uma empresa investigada e eram preparadas para envio ao exterior.

O inquérito policial revela que o esquema seria voltado para “lavagem” de cassiterita retirada ilegalmente da terra Yanomami e que o minério seria declarado como originário de um garimpo regular no Rio Tapajós, em Itaituba (PA), supostamente transportado para Roraima para tratamento.

As investigações mostraram que a dinâmica ocorreria apenas no papel, pois o minério seria originário do próprio estado de Roraima. À época, a PF identificou transações financeiras que envolviam toda a cadeia produtiva do esquema, com participação de pilotos de aeronaves, além do auxílio de postos de combustíveis, lojas de máquinas, equipamentos para mineração e “laranjas”, para encobrir movimentações fraudulentas.

Alexandre Pires

Em 1989, o cantor Alexandre Pires fundou o grupo de pagode romântico Só Pra Contrariar. A carreira como vocalista até sair do grupo no início dos anos 2000 deu fama ao cantor. Entre os sucessos, destaca-se “Essa tal de liberdade” e “Cheia de Manias”.

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Leia na íntegra a nota do advogado do cantor, Luiz Flávio Borges D’Urso:

“Na qualidade de advogado do cantor e compositor Alexandre Pires, viemos a público, diante das notícias veiculadas pela mídia em geral, esclarecer que o cantor Alexandre Pires não tem e nunca teve qualquer envolvimento com garimpo ou extração de minério, muito menos em área indígena.

Destacamos que o referido cantor e compositor é uma das mais importantes referências da música brasileira, sendo possuidor de uma longa e impecável carreira artística.

Alexandre Pires foi tomado de surpresa diante da recente operação da Polícia Federal que indevidamente envolveu seu nome.

Por fim, salientamos que o cantor e compositor Alexandre Pires jamais cometeu qualquer ilícito, o que será devidamente demonstrado no decorrer das investigações, reiterando sua confiança na Justiça brasileira.”

Agência do artista se manifesta

A Opus Entretenimento, empresa que agencia o canto Alexandre Pires e tem como um dos executivos Matheus Possebon, preso pela Polícia Federal (PF) na segunda-feira (4/12), também se manifestou sobre a investigação que apura a suposta participação dos dois em esquema de exploração de garimpo em terras Yanomami.

Por meio de nota, a produtora informou que “desconhece qualquer atividade ilegal supostamente relacionada a colaboradores e parceiros da empresa”.

“Em relação a Alexandre Pires, uma das grandes referências da música brasileira, a Opus, responsável pela gestão de sua carreira, manifesta solidariedade ao artista, confiando em sua idoneidade e no completo esclarecimento dos fatos”, destacou o texto.

A defesa de Matheus Possebon também se manifestou e considerou a prisão do empresário “uma violência”. “[Ela] foi decretada por causa de uma única transação financeira com uma empresa com que ele não mantém qualquer relação comercial. Mais grave ainda, a prisão se deu sem que Matheus pudesse ao menos esclarecer a transação. A defesa, porém, está certa de que essa violência será prontamente desfeita e que ele poderá, em liberdade, comprovar que nada tem a ver com a investigação”, alegou o advogado Fábio Tofic Simantob, em nota.

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