Mulher é baleada por PMs em posto após ser confundida com criminoso

A vítima, identificada como Meyrejane Brandão Dantas, 49 anos, teria sido baleada por engano, enquanto estava dentro do carro

atualizado 21/10/2021 12:04

Reprodução

Uma mulher de 49 anos foi baleada por policiais militares de Goiás em um posto de combustíveis do Jardim Ingá, em Luziânia (GO), na madrugada de quarta-feira (20/10). A vítima, identificada como Meyrejane Brandão Dantas, estava dentro do carro quando PMs a perseguiram em uma viatura descaracterizada.

Pouco antes, a polícia havia recebido a informação de que um carro com as mesmas características do veículo de Meyrejane estaria envolvido com roubos na região.

Ao estacionar o automóvel no posto, os policiais dispararam pelo menos sete vezes contra o veículo da mulher.

Um dos disparos perfurou a bexiga e o intestino de Meyrejane. Ela foi transferida para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Jardim Ingá e, posteriormente, ao Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), onde passou por cirurgia. O estado de saúde é estável.

Segundo informações da ocorrência, às 4h15 de quarta-feira, os militares receberam informações sobre diversos roubos ocorridos na região do Jardim Ingá. Conforme as características repassadas para a equipe, os policiais iniciaram diligências e localizaram o veículo da vítima, um Ônix branco com os vidros escuros, trafegando na via.

Ainda segundo o registro policial, os PMs realizaram cerco, fizeram sinais luminosos e sinalização sonora em uma viatura descaracterizada para que a vítima estacionasse o veículo. No entanto, a motorista teria aumentado a velocidade e acabou perseguida até o posto de combustível.

O texto da ocorrência informa que a vítima entrou o pátio do posto e, logo após, engatou a marcha à ré. Câmeras de segurança do estabelecimento flagraram o momento em que os militares descem de um carro descaracterizado e começam a atirar contra o veículo da vítima, que estava dirigindo. O carro ficou com as marcas dos tiros e foi apreendido para perícia.

 

Segundo testemunhas, a mulher teria ficado com medo da perseguição e voltou ao posto, onde teria levado o marido caminhoneiro para trabalhar. A vítima relatou que não conseguiu identificar que a abordagem era realizada por policiais e estava com medo de ser assaltada.

Após a ação, os militares disseram que o carro tinha as mesmas características de outro roubado na região e desconfiaram quando a mulher fugiu.

A reportagem procurou a Polícia Militar de Goiás (PMGO) para o posicionamento oficial, mas a corporação não havia se pronunciado até a publicação da reportagem. O espaço segue aberto para manifestações.

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