metropoles.com

MPDFT cria grupo para acompanhar uso de criptoativos no crime

Equipe conta com especialistas nas áreas de proteção de dados, direito do consumidor, tecnologia da informação, segurança institucional

atualizado

Compartilhar notícia

Executium/Unsplash
Evento gratuito descomplica as criptomoedas
1 de 1 Evento gratuito descomplica as criptomoedas - Foto: Executium/Unsplash

O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) criou grupo de trabalho para apurar a evolução tecnológica relacionada a criptoativos e seus impactos jurídicos. O grupo vai acompanhar ainda os estudos sobre a possível criação de moeda nacional eletrônica e antecipar os desdobramentos desse novo ativo para a sociedade.

O grupo é composto por procuradores e promotores de Justiça e por especialistas nas áreas de proteção de dados, direito do consumidor, tecnologia da informação, segurança institucional, entre outras.

A iniciativa vai acompanhar também a normatização das criptomoedas no Congresso Nacional, articular com entes públicos e privados o aprimoramento das bases de conhecimento do Ministério Público sobre o tema e viabilizar oportunidades de capacitação.

“O MPDFT foi um importante agente na discussão da Lei Geral de Proteção de Dados e do próprio Marco Civil da Internet. Fomos um dos primeiros ministérios públicos a criar unidade dedicada exclusivamente à proteção dos dados pessoais e da privacidade dos brasileiros. Naturalmente, os criptoativos também entram como pontos de atenção da Instituição”, destacou o vice-procurador-geral de Justiça, André Vinícius de Almeida.

Atualmente, a Unidade Especial de Proteção de Dados e Inteligência Artificial (Espec) se dedica ao Projeto Crypto, que tem entre as vertentes de atuação a apuração do uso de valores digitais em organizações criminosas, lavagem de dinheiro e outros delitos.

“Em ações recentes, o MPDFT identificou o uso constante de moedas digitais, as criptomoedas, em atividades criminais. É importante, no entanto, diferenciar tais práticas de iniciativas que são legítimas e legais, mas isso só é possível com conhecimento aprofundado no tema”, explica o promotor de Justiça Frederico Meinberg.

0
Crimes

Em 2018, o MPDFT obteve a condenação de 13 pessoas pelos crimes contra a economia popular, ocultação de bens, falsidade ideológica e organização criminosa. As investigações descobriram associação que praticava pirâmide financeira e estelionato, com o uso de moeda virtual fictícia para a obtenção de vantagens ilícitas.

A atuação da organização era caracterizada pela atração de pessoas dispostas a realizar investimentos, com a promessa de lucros de 1% ao dia, com a moeda virtual Kriptacoin. “As vítimas também eram seduzidas pela possibilidade de perceberem lucros ainda maiores a partir da indicação de novos investidores, o que é característica das estruturas de pirâmide financeira”, explica o promotor de Justiça da Prodecon Paulo Binicheski.

Em iniciativa mais recente, a Espec ajuizou ação civil pública por danos morais coletivos contra a Atlas Quantum, empresa do ramo de finanças que explorava o mercado de moedas digitais.
O MPDFT pede a condenação das empresas do grupo econômico ao pagamento de R$ 10 milhões pelo vazamento dos dados de mais de 260 mil clientes.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comDistrito Federal

Você quer ficar por dentro das notícias do Distrito Federal e receber notificações em tempo real?