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Motorista de app chama PM ao achar que seria roubado por jovem negro

Segundo o B.O., o condutor desviou o caminho e procurou ajuda policial por achar que o passageiro estaria “agindo de modo suspeito”

atualizado

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1 de 1 aplicativo - Foto: Uber/Reprodução

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) investiga um caso de suposta discriminação racial ocorrido na última semana durante um transporte de passageiro que saía de Taguatinga com destino a Brazlândia. Segundo o boletim de ocorrência, o motorista desviou o caminho e procurou ajuda policial por achar que o cliente estaria “agindo de modo suspeito”.

O caso ocorreu em 6 de maio. Conforme conta a irmã da vítima, a administradora Mônica Oliveira, 30 anos, ela fez uma viagem por aplicativo e perguntou ao motorista se ele estaria disposto a fazer uma outra corrida saindo da Praça do Relógio, em Taguatinga, com destino a Brazlândia. “Disse que faria o Pix e enviei uma foto do meu irmão para ele. A princípio tudo corria bem, até que, 20 minutos depois, recebi um áudio dele”, lembra.

A gravação enviada causou desespero e revolta em Mônica. “O rapaz não quis me levar, não; me levou na delegacia e disse que eu estava meio suspeito e que cancelaria a corrida”, diz o jovem no áudio.

Ouça:

A vítima, Gildson Henrique da Silva, 28, se mudou recentemente para o Distrito Federal para poder ter a guarda do filho. A ida até Brazlândia era justamente para encontrar a criança.

Segundo ele, não houve qualquer problema durante a viagem que justificasse a ação do motorista. “Eu estava conversando superbem. Aí, no meio da conversa, ele entrou no quartel e saiu correndo para chamar a polícia”, relata o passageiro.

De acordo com Gildson, não há outra explicação para o ocorrido. “Ele foi parar lá por causa de preconceito, racismo”, afirma, emocionado.

O motorista parou próximo ao Complexo de Ensino da Polícia Militar (CEPOM), a poucas quadras da 17ª Delegacia de Polícia (Brazlândia). Enquanto os militares verificavam a situação de Gildson, o condutor foi embora e parou de responder às mensagens de Mônica.

Indignada, a irmã da vítima foi até a Delegacia Especial de Repressão aos Crimes por Discriminação Racial, Religiosa, ou por Orientação Sexual, ou Contra a Pessoa Idosa ou com Deficiência (Decrin), onde registrou boletim de ocorrência.

Nas redes sociais, ela publicou um relato no qual chamou a atitude do motorista de preconceituosa. Diante da repercussão, o condutor entrou em contato pelas mensagens diretas e se justificou: “Tem grupos de motoristas onde tem muitas características usuais de pessoas má intencionadas no dia a dia de quem trabalha com isso”. Confira todas as mensagens:

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Uma vez que a investigação ainda não foi iniciada, o Metrópoles preferiu não divulgar o nome do motorista.

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