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Motorista de app aproveitava corridas para vender cocaína no DF

Policiais descobriram que o tráfico realizado pelo motorista era diário e sempre feito nos intervalos das corridas no Plano Piloto

atualizado

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PCDF/Divulgação
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1 de 1 Trafico-no-app - Foto: PCDF/Divulgação

Um motorista de aplicativo foi alvo de uma operação desencadeada pela Coordenação de Repressão às Drogas (Cord) da Polícia Civil do DF (PCDF), na tarde desta quarta-feira (12/02/2020). O motorista aproveitava as corridas para traficar cocaína e crack para usuários nas regiões do Plano Piloto, Sobradinho e Planaltina.

Muitas vezes, o suspeito fazia o transporte do passageiro e depois entregava a porção da droga. Em outras ocasiões, recebia o dinheiro do entorpecente após levar o usuário ao encontro de outros traficantes.

Os policiais identificaram que o comércio ilegal realizado pelo motorista era diário e sempre feito nos intervalos das corridas. O motorista, segundo as apurações policiais, também alimentava pequenos traficantes da região com crack e cocaína. De acordo com as investigações, o motorista teria faturado alto com o tráfico nos últimos meses e comprado 13 veículos com o dinheiro da venda de drogas.

Investigadores da Cord monitoraram o motorista até o momento em que ele foi flagrado, quando um traficante entregou uma porção de cocaína a um usuário e dinheiro para o motorista. Após ser abordado, o comprador confirmou que havia conseguido o crack com o motorista de aplicativo.

Veja vídeo:

No momento da abordagem, o suspeito não carregava consigo nenhum droga, mas portava o dinheiro entregue pelo usuário decorrente da venda efetuada anteriormente: R$ 500.

Já em uma residência de propriedade do motorista, localizada na Quadra 4 de Planaltina, foram encontradas diversas porções de cocaína e crack, além de materiais utilizados na prática do crime, como balanças digitais e vários rolos de filme plástico para embalar as drogas.

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O carro apreendido pelos investigadores e que estava sendo usado pelo motorista ostentava um adesivo da Advocacia Geral da União (AGU), mas o suspeito não possui qualquer vinculo com o órgão, segundo a Polícia Civil.

O Metrópoles entrou em contato com a Uber (havia um adesivo da empresa no carro) para confirmar se o motorista preso trabalhava na plataforma. De acordo com a assessoria de comunicação da empresa, a Uber não tolera nenhum comportamento criminoso. “O motorista foi banido da plataforma assim que a denúncia foi feita. A Uber permanece à disposição dos órgãos de segurança para colaborar com as investigações, na forma da lei”, afirma a nota.

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