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Morre mãe de Tony Bellotto, fundadora do curso de arquivologia da UnB

Entre conquistas da docente estão currículo profissional e a família. Ela deixa netos e três filhos — inclusive Tony Bellotto, dos Titãs

atualizado

Reprodução

As comunidades universitárias de Brasília e do Brasil se despedem da historiadora e especialista em arquivística Heloísa Liberalli Bellotto. Famosa por atuar com maestria na área de instrução, a professora — que participou da  formação de incontáveis profissionais, por diversos estados do país — deixou um extenso legado também na capital federal, onde participou da fundação do curso de arquivologia da Universidade de Brasília (UnB).

Entre as conquistas da docente está a família: ela deixa netos e os três filhos Nina Bellotto, João Bellotto e Tony Bellotto — este, músico e compositor da banda de rock Titãs. A família não quis dar detalhes sobre a morte de Heloísa e preferiu não se pronunciar a respeito.

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Durante a vida, Heloísa Bellotto desenvolveu extenso currículo. Era bacharel em biblioteconomia pela Fundação de Estudos Sociais do Paraná (FESP), licenciada e doutora em história pela Universidade de São Paulo (USP) e especialista em arquivística pela Escuela de Documentalistas, em Madri, na Espanha.

Na USP, onde se aposentou, atuou como pesquisadora do Instituto de Estudos Brasileiros e professora da Escola de Comunicações e Artes (ECA/USP). Trabalhou, também, como professora dos cursos de pós-graduação em história social da faculdade de filosofia, letras e ciências humanas e de especialização em organização de arquivos.

Além disso, deu aula na Maestría Bienal en Gestión de Documentos y Administración de Archivos da Universidad Internacional de Andalucía, na Espanha.

Heloísa ministrou aulas, ainda, pelo curso de arquivologia da UnB, na Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Uni-Rio), na Universidade Clássica de Lisboa (Portugal) e na Universidade Estadual de São Paulo (Unesp).

Referência nas áreas arquivística e diplomática, no decorrer da carreira participou de inúmeros cursos e conferências, em congressos organizados por diversos países da América do Sul, da África e da Europa.

Tornou-se autora de livros e artigos nas áreas de história e de arquivologia; assessorou os sistemas de arquivos do Estado de São Paulo (Saesp) e da USP (Sausp); e, desde 1998, prestava consultoria ao Projeto Resgate, do Ministério da Cultura, com trabalhos de descrição de documentos do Arquivo Histórico Ultramarino, em Lisboa, Portugal.






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