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Moradores da Colina reclamam de deterioração dos apartamentos da UnB

As unidades funcionais mantêm fios expostos, pintura desbotada, infiltrações e elevadores quebrados. As queixas surgiram dois anos após as taxas de ocupação terem aumentado 400%

atualizado

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Gabriel Pereira/Metrópoles
Colina-UnB
1 de 1 Colina-UnB - Foto: Gabriel Pereira/Metrópoles

Os alugueis dos imóveis da Colina, onde moram professores, servidores e estudantes da Universidade de Brasília (UnB), ficaram aproximadamente 400% mais caros nos últimos dois anos. Os condomínios também subiram. No entanto, o aumento não significou melhorias nos imóveis. Os apartamentos, localizados entre as quadras 205 e 206 da Asa Norte são alvos de reclamações constantes. Infiltrações e elevadores quebrados são algumas das queixas dos moradores. Para eles, a alta do valor do aluguel e os condomínios que variam entre R$ 800 e R$ 1,3 mil não condizem com o estado de conservação do local.

Os reajustes começaram em 2013, depois de 17 anos sem aumento nas taxas de ocupação e no preço dos condomínios de propriedade da Fundação Universidade de Brasília (FUB). Com o recente encarecimento, alguns servidores começaram a abandonar os imóveis funcionais por não conseguir pagar os contratos.

Os primeiros prédios como os Blocos A, B e C são da década de 1960 e, segundo relatos dos moradores, fazer uma simples manutenção no local pode se tornar uma tarefa complicada. “Os prédios estão deteriorados. Os preços são de mercado, mas para conseguir uma manutenção, por exemplo, precisamos pedir à UnB e, às vezes, demora meses. O elevador do meu prédio ficou quebrado por um ano”, afirmou uma professora que preferiu não se identificar.

Morador da Colina – dentro do Câmpus Darcy Ribeiro – há 30 anos, Maurício Sabino, 55 anos, afirmou que há dois anos o preço do aluguel, também chamado de taxa de ocupação, era de R$ 400 e atualmente está em R$ 1.180. “Os apartamentos são velhos, a rede elétrica é velha, o encanamento de ferro. Gosto muito de morar aqui, é perto do trabalho, mas está quase inviável”, disse o servidor da instituição.

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Corpo docente de ouro
A Colina tem 11 blocos com unidades projetadas pelo arquiteto João Filgueiras Lima, o Lelé, e faz parte da história da criação de Brasília. As unidades funcionais foram construídas como uma estratégia para trazer e manter em Brasília professores de outras cidades. A primeira etapa de construção foi concluída na década de 1960 e a última parte foi concluída em 1987. “Brasília tem alugueis muito caros. Desde a origem, (esses apartamentos) foram destinados ao corpo docente, servidores, técnicos e professores. Durante a greve de 2012, nós professores que tínhamos ingressado na UnB pedimos uma revisão da política de moradia. Não havia transparência”, afirmou uma professora.

Segundo ela, não era possível saber quais os critérios de fato eram usados para convocar as pessoas que estavam na lista de espera para morar nos apartamentos. “Não sabíamos se era por ordem de chegada, quais critérios eram usados. Conseguimos mudar. Depois, veio o reajuste. Hoje, vemos que existem diversas unidades vazias”, relatou a docente.

A reportagem do Metrópoles tentou ouvir a Universidade de Brasília (UnB), mas até o fechamento desta reportagem não havia recebido respostas.

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