O Produto Interno Bruto (PIB) do Distrito Federal ficou acima da média nacional em 2020 – mesmo com recuo de 2,6% em comparação com o ano anterior – e chegou ao somatório de R$ 265 bilhões. O índice brasileiro registrou queda de 3,3% e ultrapassou R$ 7,61 trilhões. Os dados foram divulgados, na manhã desta quarta-feira (16/11), pelo Instituto de Pesquisa do DF (IPEDF) e pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Por conta do fechamento do ano e da metodologia utilizada, a divulgação dos números ocorre após uma defasagem de dois anos. O PIB corresponde à soma de todos os bens e serviços finais do DF, no período de um ano, bem como a todos os rendimentos obtidos no processo de produção de bens e serviços.
“A defasagem temporal é de dois anos em média. Isso advém de algumas restrições e limitações claras. Primeiro a gente precisa esperar fechar o ano para fazer o cálculo do PIB. O IBGE faz um levantamento e as pesquisas estruturais para serem respondidas até junho do ano seguinte. Uma vez que essas pesquisas são respondidas, elas são tratadas e trabalhadas ao longo de 2021 e, em 2022, passa-se o trabalho que é feito em rede, com o órgãos estaduais para começar a refinar esses dados e começar a identificar o PIB dos estados”, explica a economista Clarissa Schlabitz, do IPEDF.

Inflação é o termo da economia utilizado para indicar o aumento generalizado ou contínuo dos preços de produtos ou serviços. Com isso, a inflação representa o aumento do custo de vida e a consequente redução no poder de compra da moeda de um paísKTSDESIGN/SCIENCE PHOTO LIBRARY / Getty Images

Em outras palavras, se há aumento da inflação, o dinheiro passa a valer menos. A principal consequência é a perda do poder de compra ao longo do tempo, com o aumento dos preços das mercadorias e a desvalorização da moedaOlga Shumytskaya/ Getty Images

Existem várias formas de medir a inflação, contudo, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é o mais comum delesJavier Ghersi/ Getty Images

No Brasil, quem realiza a previsão da inflação e comunica a situação dela é o Banco Central. No entanto, para garantir a idoneidade das informações, a pesquisa dos preços de produtos, serviços e o cálculo é realizado pelo IBGE, que faz monitoramento nas principais regiões brasileirasboonchai wedmakawand/ Getty Images

De uma forma geral, a inflação pode apresentar causas de curto a longo prazo, uma vez que tem variações cíclicas e que também pode ser determinada por consequências externasEoneren/ Getty Images

No entanto, o que influencia diretamente a inflação é: o aumento da demanda; aumento ou pressão nos custos de produção (oferta e demanda); inércia inflacionária e expectativas de inflação; e aumento de emissão de moedaselimaksan/ Getty Images

No bolso do consumidor, a inflação é sentida de formas diferentes, já que ela não costuma agir de maneira uniforme e alguns serviços aumentam bem mais do que outrosAdam Gault/ Getty Images

Isso pode ser explicado pela forma de consumo dos brasileiros. Famílias que possuem uma renda menor são afetadas, principalmente, por aumento no preço de transporte e alimento. Por outro lado, alterações nas áreas de educação e vestuário são mais sentidas por famílias mais ricasJavier Zayas Photography/ Getty Images

Ao contrário do que parece, a inflação não é de todo mal. Quando controlada, é sinal de que a economia está bem e crescendo da forma esperada. No Brasil, por exemplo, temos uma meta anual de inflação para garantir que os preços fiquem controlados. O que não pode deixar, na verdade, é chegar na hiperinflação - quando o controle de todos os preços é perdidocoldsnowstormv/ Getty Images
Segundo a especialista, a retração ocorreu, primeiramente, por conta da pandemia de Covid-19. “Mais ou menos a partir de março, a gente começa a perceber queda da atividade econômica no 1º semestre de 2020 e uma recuperação econômica no segundo semestre que se mantém em 2021. Também teve início da aceleração da inflação. Só agora, em 2022, que a gente começa a ver uma desaceleração dos preços no DF”, pontua a Clarissa.
No período mais crítico da pandemia, o DF tomou o fechamento do comércio como medida de enfrentamento à doença. Também houve, com o tempo, a flexibilização da obrigatoriedade do uso de máscaras e a retomada da realização de eventos, um dos principais setores afetados.
Segundo a divulgação, a capital federal é, atualmente, a oitava maior economia regional do país de acordo com os dados de 2020. Ela corresponde à 3,5% do PIB do total dos somatórios de todas as unidades da federação (UF) e tem a maior participação do Centro-Oeste. O setor da economia que teve mais destaque foi o da agropecuária.
Em relação ao PIB per capita, o DF ocupa o primeiro lugar do ranking, com índice de R$ 87.016,16. O valor é 2,4 vezes maior que a média nacional. Além disso, 59,1% do PIB do DF veio de remuneração da população.
De todas as UFs, apenas Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Roraima não registraram queda do índice e marcaram em comparação com o ano passado, respectivamente, 0,2%, 0% e 0,1%.