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Mesmo após comoção, pais de bebê sequestrado continuam desempregados

Mãe e pai da pequena Valentina enfrentam dificuldades para sustentar os filhos e a casa onde moram, em Sobradinho

atualizado

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DANIEL FERREIRA/METRÓPOLES
ARLETE VALENTINA SEQUESTRO
1 de 1 ARLETE VALENTINA SEQUESTRO - Foto: DANIEL FERREIRA/METRÓPOLES

Após o alívio de ter a filha Valentina de volta aos braços, uma outra preocupação tira o sono da faxineira Arlete Bastos, 29 anos: o desemprego. Tanto ela quanto o marido, Valdir Rodrigues dos Santos, 32, estão sem trabalhar e dependem de bicos para sustentar os quatro filhos e a casa onde moram, na Vila Rabelo 2, em Sobradinho.

Mesmo após a comoção gerada pelo caso do sequestro da pequena Valentina, de apenas três meses, na última quinta-feira (29/6), a família ainda não recebeu nenhuma proposta concreta de emprego. “Uma amiga minha que mora aqui perto pediu o currículo do meu marido para entregar a uma pessoa que tem contatos em algumas empresas. Mas além disso, nada ainda”, conta Arlete.

Segundo a mulher, o marido já trabalhou como auxiliar de serviços gerais, ajudante de pedreiro e auxiliar de padeiro. No entanto, há cerca de três anos, está sem emprego fixo. Já ela, que atuava como diarista, não trabalha há cerca de três meses, desde o nascimento de Valentina. “Minha chefe disse que só quer que eu volte quando a bebê estiver com cinco meses. Mas não posso esperar tanto tempo”, explica.

Original de Monte Alegre, na Bahia, a família mora em Brasília há seis anos. Apesar das dificuldades, Arlete continua otimista: “Não está sendo fácil. Temos que alimentar quatro filhos e, neste momento, não temos renda nenhuma.  Apesar de toda a dificuldade, o mais importante é nós termos amor e união”.

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Sequestradora
Cevilha Moreira dos Santos, 44 anos, que sequestrou a pequena Valentina na última quinta-feira, em uma clínica no Conic, continua presa na Cadeia Pública de Planaltina de Goiás (GO). Nesta segunda (3/7), o delegado responsável pelo caso, Cristiomário Medeiros, pretende entrar com uma representação pedindo a conversão da prisão temporária de Cevilha em preventiva.

Segundo o delegado, é preciso que ela continue detida por conta das passagens anteriores que já tinha pela polícia e porque o responsável pela investigação acredita que, caso seja solta, a acusada pode tentar fugir. Neste sábado (1º), Cristiomário Medeiros intimou duas mulheres que teriam sido abordadas por Cevilha com promessas de auxílio: ela vinha abordando grávidas e mães de recém-nascidos. A tática foi a mesma utilizada pela sequestradora com Arlete Ribeiro.

DANIEL FERREIRA/METRÓPOLES
Delegado Cristiomário Medeiros

 

Na sexta, o marido da acusada foi ouvido. Em depoimento, Neilson Souza Silva, 35, disse que a mulher simulava a gravidez de uma menina. De acordo com o delegado, ele afirmou que o casamento estava abalado e que só não havia se separado da esposa por conta da suposta gestação.

Ajude
Quem quiser oferecer uma oportunidade de emprego e ajudar à família de Valentina, com mantimentos, fraldas e roupinhas, pode entrar em contato com a mãe da criança, Arlete Bastos, pelo telefone  (61) 98567-0120.

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