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Segundo marido, sequestradora do Conic fingia gravidez

Em depoimento, o homem disse que Cevilha Moreira dos Santos usava vestidos largos e não deixava que ele tocasse nela há nove meses

atualizado

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Daniel Ferreira/Metrópoles
sequestradora bebe conic brasilia
1 de 1 sequestradora bebe conic brasilia - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

O caso da sequestradora do Conic ganhou um fato novo nesta sexta-feira (30/6). Ouvido pelo delegado Cristiomário de Sousa Medeiros, que investiga o rapto de Valentina, o marido de Cevilha Moreira dos Santos, 44 anos, Neilson Souza Silva, 35, disse que a mulher simulava a gravidez de uma menina.

Neilson contou que se relacionava havia três anos com Cevilha. Eles moram em casas separadas e, segundo contou, o casamento estava abalado. “Ele disse que só não se separou porque a mulher falou que estava grávida”, contou o delegado.

Cevilha levou Valentina do Conic por volta das 10h30 de quinta-feira (29). Sete horas depois, foi presa em um táxi, rumo a Planaltina do Distrito Federal, com o bebê de três meses nos braços. Toda a ação, segundo a Polícia Civil, foi planejada.

Moradora de Sobradinho, Cevilha se aproximou da mãe de Valentina, Arlete Bastos, 29, que reside em uma casa humilde com marido e quatro filhos na Vila Buritis, em Sobradinho II. A sequestradora ofereceu emprego de R$ 1 mil para a faxineira desempregada. Tudo mentira.

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Ambas foram a uma clínica admissional na quinta-feira no Conic e, enquanto a mãe deixou a filha uns segundos com Cevilha para fazer o exame, a sequestradora fugiu com a menina. Uma conhecida, ao ver as imagens dela na TV, chegou a mandar uma mensagem para que a mulher se entregasse.

Mas Cevilha estava determinada em concluir o seu plano. O marido, que, segundo o delegado, aparentemente não compactuou com a ação criminosa da mulher, falou que tinha comprado berço para a menina que ela disse esperar para este mês.

Assim como no caso do bebê sequestrado no Hospital da Asa Norte (Hran) há quase um mês, e no de Pedrinho, levado de uma maternidade da Asa Sul em 1986, Cevilha, de acordo com o companheiro, simulou a gestação. Não chegou a usar barriga falsa, mas sempre estava com vestidos largos. Detalhe: há nove meses, não deixava o companheiro tocá-la.

Na tentativa de ficar com Valentina, a mulher providenciou uma Certidão de Nascimento falsa, mas que tem erros grosseiros, segundo o delegado. O documento foi emitido em Sobradinho, mas está com carimbo de um cartório do Gama e data desta quinta, embora “Isabele”, o falso nome que ela deu para a menina na certidão, tivesse nascido em 26 de fevereiro de 2017.

O delegado não descarta a possibilidade de Cevilha fazer parte de uma organização criminosa que vende bebês. Mas disse que, até o momento, não há indício da participação de terceiros no sequestro de Valentina.

A mulher foi levada para a cadeia pública de Planaltina de Goiás, que fica a 60km de Brasília, onde sondava famílias para achar uma menina. Como foi presa em flagrante, vai permanecer no cárcere até que a Justiça se manifeste sobre o caso.

“O crime foi premeditado”, disse o delegado. Em seu depoimento, Cevilha confirmou que fez tudo porque o marido exigiu que ela ficasse grávida para não deixá-la. Ela responderá por uso de documento falso e subtração de incapaz.

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