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Pescadores ignoram autoridades e usam trecho do Lago com peixes mortos

Usuários alegam que desconhecem recomendações do Instituto Brasília Ambiental (Ibram) e afirmam não terem medo de contaminação

atualizado

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Michael Melo/ Metrópoles
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1 de 1 Michael Melo/Metrópoles - Foto: Michael Melo/ Metrópoles

Nem a grande quantidade de peixes mortos na orla ou as recomendações do Instituto Brasília Ambiental (Ibram) assustaram os pescadores do Lago Paranoá. Na manhã deste sábado (19/11), algumas pessoas usavam o trecho considerado impróprio para banho e pesca.

Ao serem questionados, os pescadores afirmaram que não sabiam da situação. “Vimos os peixes mortos, mas nos disseram que foi só um choque térmico. Acho que não dá nada”, disse José Gomes, que estava com metade do corpo dentro da água na área próxima à Ponte das Garças.

Em nota, o Ibram informou que a pesca na região está proibida. “Caso seja observada alguma atividade pesqueira no local, será considerado crime e o infrator responderá conforme a legislação vigente”, explicou o órgão por meio de nota. Segundo a instituição, a Polícia Militar fiscalizará a orla. Entretanto, durante a reportagem, nenhum policial foi visto na região.

Quanto aos banhistas, o Ibram alerta que a atual condição do Lago pode causar problemas de saúde. “O contato direto com a água na região afetada é capaz de provocar algumas doenças de pele e alergia e sua ingestão pode ocasionar desarranjos intestinais”, informou.

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Peixes apareceram mortos na orla do Lago Paranoá desde o início da semana

 

Contaminação
Desde o início da semana, centenas de peixes mortos podem ser vistos nas margens do Lago Paranoá, especialmente nas proximidades da Ponte das Garças, na altura da QL 8 do Lago Sul.

De acordo com o Ibram e com a Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento (Adasa), o motivo das mortes é o crescimento na quantidade de cianobactérias, conhecidas como algas azuis. O fenômeno altera a cor da água para um verde intenso e diminui o oxigênio, provocando a morte dos animais.

Os órgãos recomendaram a interdição da área enquanto investigam as causas do desequilíbrio ambiental. Somente após determinarem o que está gerando a situação, as instituições poderão tomar outras medidas.

Veja abaixo o mapa da região afetada pelo aumento das algas azuis e considerada imprópria para banho e pesca:

Editoria de Arte/Metrópoles

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