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Medo de Lázaro: de cada 10 chácaras em Edilândia (GO), 7 estão vazias

Fontes policiais revelaram ao Metrópoles que famílias buscam abrigo em casa de parentes à espera da prisão do maníaco

atualizado

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Gustavo Moreno/Especial Metrópoles
forças de segurança
1 de 1 forças de segurança - Foto: Gustavo Moreno/Especial Metrópoles

O medo tomou conta dos moradores da cidade de Edilândia (GO). Assustados com as ações de Lázaro Barbosa, 32 anos, chacareiros e proprietários de residências no local têm buscado abrigo em casas de parentes ou amigos em outras cidades. Fontes policiais ouvidas pelo Metrópoles dizem que a região virou um “deserto”.

Segundo integrantes da força-tarefa que tenta prender o criminoso, o suspeito de cometer uma chacina no DF, além de roubos, estupros e invasões, são centenas de locais vazios. “Lá virou um deserto. Hoje, 70% das chácaras estão desertas. Tudo vazio, apagado. Tem uma igreja que passei e o cara deixou aberta, com a luz acesa. A população debandou. É uma terra arrasada”, disse um policial à reportagem.

Na tarde desta quinta-feira (17/6), Lázaro foi visto em um mata perto de Girassol (GO). Segundo a polícia, ninguém se feriu.

O sobrinho de um dos três reféns feitos por Lázaro e resgatados com vida pela polícia, relatou que a família não está mais na casa que construíram. “Deixamos a chácara. Viemos para a casa de um parente. Não vamos voltar enquanto ele não for preso”, disse o rapaz.

Reféns

Um vídeo gravado na tarde dessa terça-feira (15/6) mostra o momento em que policiais civis e militares do Distrito Federal e de Goiás encontraram as três pessoas da mesma família reféns do psicopata.

As imagens mostram pai, mãe e filha deixando uma mata fechada, em Edilândia (GO), pelo leito de um rio. No momento em que eles são resgatados, ouve-se, pelo menos, quatro tiros disparados por Lázaro.

Os agentes das forças de segurança e as três vítimas tentam se abrigar das balas se jogando no chão.

Assista:

As imagens não mostram, mas antes de libertar os reféns, Lázaro trocou tiros com a guarnição, acertando um policial militar de Goiás de raspão rosto. Ele foi levado ao Hospital de Anápolis (GO), de helicóptero, medicado e já recebeu alta médica.

“Quando ele [o Lázaro] chegou na chácara, a minha prima [a adolescente de 15 anos] conseguiu se esconder embaixo da cama e mandou mensagem para os policiais pedindo ajuda. Mas na mesma hora alguém ligou pra ela, aí o Lázaro conseguiu achar”, narra o familiar. Paulo Henrique afirmou que o suspeito chegou a dizer que iria matar a família.

“Às vezes ele falava que ia matar, às vezes falava que não ia matar. Ele amarrou todos com as mãos para trás e quando estava correndo para fugir dizia que se não obedecessem ele matava, e que ele não errava nenhum tiro”, disse o rapaz.

Apesar do susto, não houve agressão física por parte de Lázaro. “Ele não chegou a bater em ninguém, o único momento que tocou na minha prima foi pra tirar o casaco de frio dela, que era vermelho e chamava a atenção de longe”, explicou Paulo Henrique. Lázaro ainda jogou o celular de todos os reféns em um rio.

O secretário de Segurança de Goiás, Rodney Miranda, acredita que a família seria morta em um ritual satânico se não fosse a intervenção policial, pois todos estavam sem roupa e prestes a serem executados.

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Embaixo de folhas

Antes de confrontar os policiais, o suspeito escondeu a família com folhas de bananeira, que ele mesmo cortou, para que os reféns não fossem avistados pelo suporte aéreo das forças de segurança. Lázaro ainda conseguiu estocar comida com a invasão à chácara dos Siqueira. “Antes da polícia chegar, meu tio disse que ele pegou 1 kg de comida”, afirmou o sobrinho.

 

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