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Maioria ignora isolamento no DF e UTIs para Covid-19 têm 85% de ocupação

Taxa de ocupação subiu 15 pontos percentuais em uma semana, enquanto brasilienses deixam recomendação de distanciamento em segundo plano

atualizado

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Fotos Hugo Barreto/Metropoles
Aglomerações na orla da Ponte JK
1 de 1 Aglomerações na orla da Ponte JK - Foto: Fotos Hugo Barreto/Metropoles

De um lado, 85% dos leitos de UTIs para tratamento do novo coronavírus estão ocupados no Distrito Federal. De outro, mais da metade da população ignora o distanciamento social na capital do país.

Segundo a Sala de Situação da Secretaria de Saúde do DF, centros clínicos públicos e particulares somavam 809 leitos de UTIs destinados a infectados pela Covid-19 até as 19h dessa segunda-feira (6/7). Do total, 688 estavam ocupados ou bloqueados.

Em 29 de junho, há sete dias, a taxa total de ocupação era de 70,4%. Ou seja, em uma semana, houve aumento de 15 pontos percentuais na ocupação de leitos com pessoas contaminadas pela doença.

De acordo com a Sala de Situação, no caso da rede pública, 89% dos pacientes infectados precisaram de pelo menos 15 dias de internação para serem curados.

A pressão pela ocupação é maior nos hospitais privados, onde 92,86% das unidades estão ocupadas para a recuperação de pessoas com a Covid-19. A rede tem 229 unidades, mas 213 estão ocupadas ou bloqueadas. Na semana passada, a taxa era de 90%.

Por outro lado, cresce o volume de internações na rede pública. Nessa segunda, a ocupação era de 81,26%. Na conta com leitos públicos e contratados, o DF tem 580 unidades. Dessas, 475 se encontram bloqueadas ou ocupadas.

Na semana passada, a taxa da rede pública era de 63%. O aumento é de 18 pontos percentuais no período.

Por enquanto, na rede pública a maior demanda é de leitos de UTIs para adultos. Conforme a Sala de Situação, em 81,26% deles há algum adulto em tratamento, enquanto 44,4% dos destinados para pediatria e neonatal permanecem em uso.

Baixo isolamento

Enquanto a taxa de ocupação de leitos aumenta, a adesão da população ao isolamento social fica em segundo plano. Segundo a empresa de software InLoco, no último fim de semana, a taxa de isolamento no DF variou de 40% a 48%. Ou seja, nem mesmo metade da população ficou em casa.

Veja flagrantes pelo DF no último fim de semana: 

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No domingo, o Metrópoles registrou grande movimentação de pessoas pelo DF, especialmente na orla do Lago Paranoá. Além das aglomerações, contraindicadas para evitar a disseminação da doença, muita gente não usou máscara, o que é obrigatório em território brasiliense.

O Governo do Distrito Federal (GDF) definiu datas para a volta de uma série de atividades econômicas e sociais. No entanto, caso a pandemia saia do controle, o Palácio do Buriti não descarta retomar medidas enérgicas, como novas suspensões.

Casos

O Distrito Federal registrou, do início da pandemia até a noite dessa segunda-feira (6/7), 60.383 infectados e 662 mortes em decorrência do novo coronavírus.

Às 18h09 dessa segunda-feira, foram contabilizados 2.529 contaminados e 26 óbitos a mais em relação ao balanço anterior, divulgado na noite de domingo (5/7). Os dados são do Painel Covid-19, do Governo do Distrito Federal (GDF).

Na capital do país, ainda houve 64 mortes de residentes de outras unidades da Federação. Se somados esses casos, o total de óbitos chega a 726.

Entre as 60.383 pessoas que foram contaminadas, 47.347 (78,4%) superaram a doença. A Secretaria de Saúde considera como recuperados aqueles pacientes que tiveram os primeiros sintomas há mais de 14 dias e não estão hospitalizados.

Veja os dados: 

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