O corpo da advogada Letícia Sousa Curado, assassinada aos 26 anos, foi sepultado na tarde desta terça-feira (27/08/2019), em Planaltina, cidade onde morava com a família. O sentimento no velório foi de comoção, revolta e dor pelos sonhos que Letícia tinha pela frente e pelo filho, de apenas 3 anos de idade, fruto do casamento com o educador físico Kaio Curado. Durante a cerimônia, uma irmã de Letícia desmaiou e foi levada nos braços por um policial militar até a ambulância dos bombeiros.
“Foi o dia mais triste da minha vida”, resumiu a advogada Kenia Sousa, mãe de Letícia, sobre o momento em que recebeu a notícia sobre a morte da filha.
Em um discurso emocionado, ela lembrou toda a trajetória de Letícia, desde a infância, passando pela adolescência, a carreira e a maternidade. “Era uma mulher alegre, que soube ser mãe e filha, dona de um sorriso contagiante e que levava alegria por onde passava”, disse, para uma multidão de parentes, amigos e desconhecidos solidários que lotaram o cemitério Campo da Esperança de Planaltina.
Letícia foi assassinada na última sexta-feira (23/08/2019), pelo cozinheiro Marinésio dos Santos Olinto, 41, após se opor ao assédio do criminoso.
“Levava alegria por onde passava”, diz mãe de Letícia em enterro

“Levava alegria por onde passava”, diz mãe de Letícia em enterro
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Enterro de Letícia Sousa CuradoIgo Estrela/Metrópoles

Kaio, marido de LetíciaIgo Estrela/Metrópoles

Comoção no enterro de LetíciaIgo Estrela/Metrópoles

Homenagem a LetíciaIgo Estrela/Metrópoles

Amigos e parentes no cemitério de PlanaltinaIgo Estrela/Metrópoles

Luto pela morte de LetíciaIgo Estrela/Metrópoles

A jovem foi assassinadaIgo Estrela/Metrópoles

Letícia estava desaparecida desde sexta-feira (23/08/2019). Ela tentava condução de Planaltina ao Plano PilotoFacebook/Reprodução
Em paralelo à dor pela perda de Letícia, a cerimônia fúnebre foi tomada pelo desejo de Justiça contra o assassino confesso da ex-funcionária do Ministério da Educação (MEC) e de outra moradora de Planaltina, Genir Pereira de Souza, 47 anos.
Pelas ruas da cidade onde Letícia vivia com o marido e o filho, vários carros circulam com os dizeres “Luto por Letícia”. O corpo da advogada chegou por volta das 17h15, em caixão fechado, e seguiu direto para o túmulo. Amigos, familiares e colegas de igreja fizeram orações e a saudaram com palmas.
Joana Vieira, 53 anos, e o marido, Manuel Jessé Vieira, 60, não conhecem a família, mas se comoveram com o trágico desfecho do desaparecimento da advogada. “A cidade inteira se entristece com isso que aconteceu a ela. Agora, o que a gente quer é que ele [Marinésio] pague pelo que fez, pegue a pena máxima e, de preferência, nunca mais saia da cadeia, porque ele não é um ser humano, é um monstro”, disse Manuel.