O setor de alimentação e bebidas apresentou deflação de 0,26% em setembro no Distrito Federal. O dado é do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que divulgou o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), nesta terça-feira (11/10). De acordo com o levantamento, leites e carnes tiveram baixa nos preços em setembro no DF.
O leite longa vida, aquele vendido em caixinhas, seguia em alta até julho. Agosto surpreendeu com deflação de 1,81%. Agora, em setembro, a queda do preço deste produto foi de 11,97%.
Veja os 10 alimentos que tiveram maior deflação em setembro no DF:
- Leite longa vida (-11,97%)
- Manga (-10,66%)
- Peixe filhote (-10,63%)
- Alcatra (-7,69%)
- Alface (-6,73%)
- Leites e derivados (-6,31%)
- Óleo de soja (-6,26%)
- Picanha (-4,66%)
- Costela (-4,62%)
- Melancia (-4,31%)
- Azeitona (-4,24%)
Por outro lado, há alimentos que tiveram aumento expressivo nos preços em setembro em relação a agosto. Segundo o IPCA, frutas e raízes foram os itens que mais subiram de preço.
Confira abaixo a lista dos 10 alimentos com maior alta em setembro no DF:
- Limão (48,78%)
- Banana d’água (15,92%)
- Pimentão (12,89%)
- Laranja pera (11,68%)
- Mandioca (9,16%)
- Cebola (7,83%)
- Frutas (7,67%)
- Banana prata (7,58%)
- Cenoura (6,55%)
- Couve-flor (6,02%)

Inflação é o termo da economia utilizado para indicar o aumento generalizado ou contínuo dos preços de produtos ou serviços. Com isso, a inflação representa o aumento do custo de vida e a consequente redução no poder de compra da moeda de um paísKTSDESIGN/SCIENCE PHOTO LIBRARY / Getty Images

Em outras palavras, se há aumento da inflação, o dinheiro passa a valer menos. A principal consequência é a perda do poder de compra ao longo do tempo, com o aumento dos preços das mercadorias e a desvalorização da moedaOlga Shumytskaya/ Getty Images

Existem várias formas de medir a inflação, contudo, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é o mais comum delesJavier Ghersi/ Getty Images

No Brasil, quem realiza a previsão da inflação e comunica a situação dela é o Banco Central. No entanto, para garantir a idoneidade das informações, a pesquisa dos preços de produtos, serviços e o cálculo é realizado pelo IBGE, que faz monitoramento nas principais regiões brasileirasboonchai wedmakawand/ Getty Images

De uma forma geral, a inflação pode apresentar causas de curto a longo prazo, uma vez que tem variações cíclicas e que também pode ser determinada por consequências externasEoneren/ Getty Images

No entanto, o que influencia diretamente a inflação é: o aumento da demanda; aumento ou pressão nos custos de produção (oferta e demanda); inércia inflacionária e expectativas de inflação; e aumento de emissão de moedaselimaksan/ Getty Images

No bolso do consumidor, a inflação é sentida de formas diferentes, já que ela não costuma agir de maneira uniforme e alguns serviços aumentam bem mais do que outrosAdam Gault/ Getty Images

Isso pode ser explicado pela forma de consumo dos brasileiros. Famílias que possuem uma renda menor são afetadas, principalmente, por aumento no preço de transporte e alimento. Por outro lado, alterações nas áreas de educação e vestuário são mais sentidas por famílias mais ricasJavier Zayas Photography/ Getty Images

Ao contrário do que parece, a inflação não é de todo mal. Quando controlada, é sinal de que a economia está bem e crescendo da forma esperada. No Brasil, por exemplo, temos uma meta anual de inflação para garantir que os preços fiquem controlados. O que não pode deixar, na verdade, é chegar na hiperinflação - quando o controle de todos os preços é perdidocoldsnowstormv/ Getty Images
Variação em 12 meses
Apesar de o IPCA recuar 0,26% no Distrito Federal em setembro, a inflação acumulada no ano em Brasília é de 3,75%. Nos últimos 12 meses, de 6,63%.
O maior vilão dos últimos 12 meses entre os alimentos foi a cebola, que teve aumento de 159,25% no preço. Em segundo lugar, está o melão, com alta de 126,35%.
Veja a lista dos 10 alimentos com maior alta em 12 meses no DF:
- Cebola (159,25%)
- Melão (126,35%)
- Banana d’água (82,36%)
- Limão (69,07%)
- Melancia (58,08%)
- Mamão (55,24%)
- Leite longa vida (46,45%)
- Frutas (41,20%)
- Brócolis (40,67%)
- Milho em grão (36,59%)
Já em relação às quedas nos últimos 12 meses no DF, o item que ocupa o topo do ranking é o tomate. A baixa neste período foi de 26,24%. Na sequência está o pimentão, com deflação de 15,15%.
Veja os 10 alimentos que mais baratearam nos últimos 12 meses no DF:
- Tomate (-26,24%)
- Pimentão (-15,15%)
- Carne de porco (-7,49%)
- Alcatra (-6,96%)
- Feijão preto (-5,43%)
- Camarão (-5,02%)
- Peixe tambaqui (-4,13%)
- Acém (-4,06%)
- Arroz (-3,14%)
- Costela (-3,01%)
O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, refere-se às famílias com rendimento monetário de um a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília.