metropoles.com

TJDFT analisa denúncias contra distritais Sandra Faraj e Telma Rufino

Conselho Especial analisa, nesta terça-feira (10/4), se Telma vira ré em processo de compra de diplomas e Sandra em caso de estelionato

atualizado

Compartilhar notícia

Rafaela Felicciano/Metrópoles
Sandra Faraj e telma rufino
1 de 1 Sandra Faraj e telma rufino - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Os desembargadores do Conselho Especial do Tribunal de Justiça do DF e dos Territórios (TJDFT) analisam, nesta terça-feira (10/4), denúncias contra as deputadas distritais Telma Rufino (Pros) e Sandra Faraj (PR). Eles decidem se as parlamentares viram rés nas ações a que respondem.

Telma foi denunciada pelo Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT) à Justiça, acusada de comprar diplomas de graduação e pós-graduação falsos na Faculdade de Ciências, Educação e Tecnologia Darwin (Faceted), localizada no Areal. Sandra responde pelo o crime de estelionato majorado sobre um suposto uso indevido de verba indenizatória.

A sessão no Conselho Especial começa às 13h30. O caso de Sandra deve ser analisado primeiro que o de Telma, por ter sido suspenso em 6 de março. A votação começou em plenário, mas o desembargador Romão Oliveira pediu vista. Na ocasião, a relatora do processo, Simone Lucindo, anunciou acatar a denúncia do MPDFT para que a parlamentar se torne ré no processo.

Até a sessão ser suspensa, o placar era de 6 a 3 a favor da distrital e contra o voto da relatora. Para que haja um desfecho, são necessários ao menos 11 votos dos 21 magistrados. Em 6 de março, Simone Lucindo afirmou que havia “fortes indícios de autoria e materialidade do crime”. Acrescentou ainda que o recebimento da denúncia consiste “em mero juízo de admissibilidade, bastando que os fatos narrados configurem a existência do crime ou indícios de autoria”.

Na peça de acusação, o MPDFT acusa Sandra Faraj de ter cometido o crime de estelionato majorado. Segundo os promotores, a distrital usou indevidamente R$ 142 mil de verba indenizatória, entre 2015 e 2016. O valor teria sido obtido de forma ilícita, por meio de fraude de notas fiscais e assinaturas para validar o reembolso de R$ 174 mil da Câmara Legislativa. O montante deveria ter sido entregue à Netpub, empresa de publicidade e informática, mas, segundo o MPDFT, o pagamento não foi realizado integralmente.

Sandra chegou a pedir segredo de Justiça, mas foi negado pelos desembargadores. Durante sustentação oral, o advogado de Sandra Faraj, Cleber Lopes, acusou o MPDFT de inserir fatos novos após o encaminhamento da denúncia à Justiça e disse que não há, nos autos, elementos suficientes para a abertura do processo. A deputada nega a acusação.

Quebra de sigilo telefônico
Nesta segunda (9), o Ministério Público pediu a quebra de sigilo telefônico da parlamentar, e do irmão dela, Fadi Faraj, líder da igreja Ministério da Fé, onde Sandra é pastora. O período que o MPDFT quer analisar vai de 1º de janeiro de 2017 a 28 de fevereiro do mesmo ano.

Telma Rufino
A denúncia contra Telma Rufino está em uma ação penal por falsificação. Os documentos que embasam a denúncia do MPDFT contra a parlamentar são decorrentes da Operação Trick, deflagrada em abril de 2015 pela Coordenação de Repressão aos Crimes contra o Consumidor, a Ordem Tributária e a Fraudes (Corf), da Polícia Civil.

A alegação é que Telma tenha fraudado dois diplomas, certificados de especializações e históricos escolares do curso de políticas públicas e sociais. As investigações incluem interceptações telefônicas e apontam que Telma Rufino sequer teria frequentado a faculdade. O caso corre em segredo de Justiça.

Se a distrital virar ré, ela responderá por falsificação de documento público e, caso condenada, pode pegar 10 anos de prisão, além de se tornar inelegível.

Por meio de assessoria, a deputada disse que só se manifestará após a análise no Conselho Especial do TJDFT.

Compartilhar notícia

Todos os direitos reservados

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comDistrito Federal

Você quer ficar por dentro das notícias do Distrito Federal e receber notificações em tempo real?