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Jovem que matou professor em Águas Lindas é julgado nesta 5ª feira

Estudante esfaqueou professor após, segundo investigação, ter ouvido rumores de que seria desligado de programa educacional

atualizado

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1 de 1 Foto-aluno-acusado-de-matar-professor - Foto: Facebook/Reprodução

Anderson Silva (foto em destaque), 21 anos, acusado de esfaquear e matar o professor e coordenador pedagógico Bruno Pires de Oliveira, 41, em agosto de 2019, é julgado, nesta quinta-feira (25/8), no Fórum de Águas Lindas.

Polícia acredita que jovem “surtou” ao matar professor em Águas Lindas

À época do crime a Polícia Civil de Goiás (PCGO) chegou a levantar a hipótese de que o jovem teria sofrido um surto psicótico quando atacou o docente na Escola Municipal Machado de Assis, em Águas Lindas de Goiás. De acordo com o delegado responsável pelo caso, Rodrigo Mendes, Anderson “estava muito nervoso” na última aula do dia, antes do crime, além de, segundo o agente, não ser uma pessoa agressiva e não ter histórico de violência.

Ainda de acordo com o investigador, o suspeito se encontrou com a vítima no estacionamento, no momento em que o professor se dirigia até uma moto para voltar para casa, ocasião em que o rapaz desferiu um único golpe de faca e fugiu. A lâmina perfurou o fígado do profissional, que tinha contrato temporário.

Bruno, então, teria corrido para a sala dos professores dizendo que o ‘Anderson Grandão’ o havia atacado. De acordo com as investigações, uma professora teria saído à procura do jovem, mas não o encontrou. A vítima chegou a ser socorrida, mas morreu no hospital.

O apelido “Grandão” foi usado pelo educador para se referir ao acusado, pois ele é bem mais alto do que os colegas de turma. Aos 18 anos, ele cursava o 9º ano do ensino fundamental, com alunos entre 14 e 15 anos.

Entenda o caso

Segundo a PCGO, quando Anderson saiu da última aula, uma professora teria estranhado o comportamento do rapaz. O motivo da raiva e do nervosismo, segundo os policiais, foi um burburinho que se espalhou pelo colégio de que ele seria desligado do programa Mais Educação, direcionado a alunos dos 6° e do 7° ano e focado em atividades pedagógicas e esportivas.

Mais tarde, o delegado titular do Grupo de Investigação de Homicídios (GIH), Cleber Martins, confirmou que o aluno havia sido excluído do programa escolar. De acordo com o investigador, não foi Bruno quem tirou Anderson do programa. “Foi outra professora, e eu não sei se ele pensou que a vítima tivesse interferido. O aluno vai responder, a princípio, por homicídio qualificado, com uso de meio que dificultou a defesa da vítima”, explicou.

A faca usada no crime teria sido emprestada por outro colega, ainda dentro da escola. Logo após o crime, o estudante fugiu.

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