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Jovem de 25 anos é encontrada morta em Taguatinga; suspeito fugiu

Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) atendeu ocorrência por volta das 4h30. Suspeito de cometer o crime fugiu do local

atualizado

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Arte/Metrópoles
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1 de 1 Ilustração-violencia-contra-a-mulher - Foto: Arte/Metrópoles

Uma jovem de 25 anos foi encontrada morta, na madrugada desta quinta-feira (2/3), no Setor de Indústrias Gráficas de Taguatinga Norte. O Metrópoles apurou que a vítima se trata de Letícia Barbosa Mariano.

A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) informou que a ocorrência foi registrada por volta das 4h30. O suspeito de cometer o crime fugiu do local após o crime.

A 17ª Delegacia de Polícia (Taguatinga Norte) investiga o caso — tratado, inicialmente, como feminicídio, em atendimento a protocolo adotado pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) desde 2017.

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Outros casos em 2023

O início de ano traz números alarmantes sobre a violência contra mulheres do Distrito Federal, em comparação ao ano passado. Somente na primeira semana de 2023, a capital do país registrou dois casos — a mesma quantidade de feminicídios que todo janeiro de 2022, de acordo com dados da Secretaria de Segurança Pública do DF (SSP-DF).

Nas duas ocorrências de 2023, as vítimas tiveram suas vidas encerradas friamente ao serem enforcadas pelos companheiros. Na madrugada do dia 1º de janeiro, Fernanda Letícia da Silva, 27 anos, foi asfixiada pelo namorado, Maxwel Lucas Rômulo Pereira de Oliveira, 32, na QNP 17, em Ceilândia.

Por volta das 21h, eles se encontraram na casa de Maxwel. Lá, Fernanda o convidou para comemorar a virada do ano. No entanto, o namorado não aceitou e falou para a mulher ficar em casa. O comentário levou a uma discussão e, em seguida, a agressões físicas entre o casal.

O namorado relatou que Fernanda teria pegado uma faca e o atingido no pescoço e no rosto. Ele tomou o objeto, disse que “apertou o pescoço” da vítima e a matou. Maxwel Lucas se apresentou à 23ª Delegacia de Polícia (Ceilândia) acompanhado de um advogado. O investigado narrou os fatos e, após os procedimentos legais, foi levado para a carceragem da PCDF.

A segunda vítima é a cabeleireira Mirian Alves Nunes, 26, assassinada na no segundo dia do ano, ao ser enforcada pelo marido, André Muniz, 52, dentro de casa, em Ceilândia. Mirian deixou duas filhas, de 8 e 6 anos, além de uma recém-nascida de 1 mês, fruto do relacionamento com André e que presenciou o feminicídio.

Irmã de Mirian, Márcia Alves dos Santos, 31, contou que a cabeleireira não entrava em contato com a família havia alguns meses. “Ela saiu de casa muito jovem, para viver a vida que ela escolheu. Não imaginávamos que acabaria assim, com tanta violência. Queremos que o assassino pague pelo que fez”, cobra.

As duas filhas mais novas da vítima estão sob cuidados da família materna. A mais velha ficou com os parentes de André Muniz. “Eu gostaria muito de pedir ajuda para as filhas da minha irmã, pois uma delas está sem nada de roupas, porque ficou na casa do assassino, e não podemos ir buscar”, relata Márcia.

O autor se entregou à polícia dois dias depois do crime. O casal estava junto havia quase um ano, e Mirian tinha denunciado o companheiro por outras agressões. Em novembro de 2022, ele chegou a cortar os cabelos da vítima, após uma discussão motivada por ciúmes. Durante a gravidez, André violentou Mirian sexualmente, após ela dizer que iria embora de casa.

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