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Iphan recomenda retirada de cercas em volta das sedes dos Três Poderes

Em relatório, o órgão afirmou que cercas degradam a Praça dos Três Poderes e atrapalham a atividade turísticas e cívica

atualizado

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Hugo Barreto/Metrópoles
STF na Praça dos Três Poderes com grades - Metrópoles
1 de 1 STF na Praça dos Três Poderes com grades - Metrópoles - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) recomendou que as cercas instaladas em volta dos prédios das sedes dos Três Poderes sejam retiradas. A orientação foi registrada no relatório final do instituto sobre os danos causados às sedes dos Três Poderes durante os atos de terrorismo em 8 de janeiro.

De acordo com o documento, a reinstalação das cercas afetam as atividades na Praça dos Três Poderes e degradam o ambiente.

“Verifica-se a reinstalação de cercas nos perímetros dos três edifícios afetados e da Praça dos Três Poderes, apesar da evidência de que estes elementos foram utilizados como armas para a destruição da arquitetura dos Palácios”, diz o órgão.

Ainda no documento, o Iphan afirma que os edifícios são tombados e, para a preservação, é necessária a retirada das cercas.

“Do ponto de vista da preservação desses edifícios tombados, medidas para a retirada desses elementos são necessárias, visto que degradam a ambiência da Praça dos Três Poderes, impactam nos bens culturais tombados, atrapalham a atividade turísticas e cívica, promovem o distanciamento de cidadãos ordeiros e não impede a ação de vândalos, conforme amplamente divulgado na mídia nacional e internacional”, completa.

Ainda de acordo com o documento, a única ação emergencial apontada pelo relatório preliminar que não foi iniciada até o momento foi a limpeza e recolhimento dos fragmentos de vidro sobre a maquete de Brasília do Espaço Lucio Costa. A situação chegou a ser mapeada pela equipe responsável, mas ainda não foi solucionada.

No Palácio do Planalto, as ações de restauro encontram-se em fase de planejamento, enquanto no Supremo Tribunal Federal, na Câmara e no Senado, foram executadas parcialmente.

O relatório traz uma série de fotografias atualizadas de como estão os espaços que foram alvos de vândalos no Congresso Nacional, Palácio do Planalto, Supremo Tribunal Federal e outros prédios que compõem o complexo da República.

O trabalho de restauração começou em 19 de janeiro e a equipe do Iphan acompanhou a evolução até 17 de fevereiro.

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