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Ibaneis diz que igrejas funcionarão por lei: “Sou obrigado a cumprir”

No entendimento do governador do DF, missas e cultos também deveriam ser suspensos durante as próximas semanas

atualizado

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Hugo Barreto/Metrópoles
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1 de 1 Coronavirus-Igreja-1 - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), declarou neste sábado (27/2), ser contra a continuidade de missas e cultos durante o lockdown que se inicia amanhã (28/2). Segundo ele, as igrejas e templos só continuam abertos por causa de uma lei aprovada na Câmara Legislativa (CLDF) em julho do ano passado.

“Aqui no DF, foi aprovada uma lei, e aí não posso contrariar a legislação. Ela está sendo inclusive questionada no Tribunal de Justiça. Ela coloca as igrejas como serviços essenciais. Eu sou obrigado a cumprir”, comentou Ibaneis após apresentar um conjunto de medidas para o período de restrição.

Apesar disso, o governador afirma que estes locais têm respeito as normas de distanciamento e controle de pessoas.

“Eu entendo que nesse momento, seria necessário o fechamento também (das igrejas). Mas eles têm seguido as regras (sanitárias), o que me alegra muito”, assinalou. De acordo com o governador, nenhuma denúncia chegou ao seu conhecimento. “Mas eu se pudesse, eu recomendaria que se suspendesse os cultos. Mas tenho que cumprir a Lei”, concluiu.

Lockdown será de 15 dias

Segundo o governador Ibaneis Rocha (MDB), algumas atividades de baixo impacto serão liberadas para continuarem funcionando. A princípio, o lockdown será de 15 dias e, em seguida, o GDF pretende permitir o retorno aos poucos. Um novo decreto será publicado ainda neste sábado com as novas medidas.

Exemplos de atividades de baixo impacto são o setor automotivo, de construção civil e advocacia. O funcionamento de escritórios de contabilidade, bancos e lotéricas também deverá ser liberado. A quantidade de ônibus nas ruas não será diminuída.

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As restrições começam a ser adotadas a partir de 0h01 deste domingo (28/2). Ibaneis explicou que o índice de transmissão do novo coronavírus no DF chegou a 1,08. Quando esse índice passa de 1, são necessárias medidas restritivas.

“Ontem (sexta, 27/2), por conta do grande número de ocupação de leitos, nós chegamos a 98%. Tivemos que mandar um recado forte à sociedade, que parece não acreditar mais que a Covid-19 vai se espalhar. E ela [a doença] está se espalhando em um nível muito alto”, alertou o governador.

O secretário de Saúde Osnei Okumoto afirmou que a capital do país começa o mês de março com uma preocupação muito grande. De acordo com ele, a pressão de outros estados por vagas de UTI no DF está aumentando.

Leitos e dinheiro

Algumas ações foram anunciadas após a reunião. Até sexta-feira da próxima semana (5/3), serão disponibilizados mais 100 leitos de UTI no DF. Na semana seguinte, o governo pretende abrir mais 50. Ou seja, segundo o governador, serão abertos 150 novos leitos em duas semanas.

Apesar disso, o GDF não acha necessária a abertura de novos hospitais de campanha neste momento.

Por outro lado, a promessa é de que a Secretaria de Segurança intensifique a fiscalização contra aglomerações durante o período. O principal objetivo nesta fase, segundo o governador, é evitar ao máximo essas reuniões com muitas pessoas.

Para ajudar economicamente o Distrito Federal, Ibaneis anunciou que o BRB vai injetar R$ 2,5 bilhões para socorrer o empresariado. Da mesma forma, o GDF avalia ampliar o auxílio do Cartão Prato Cheio a fim de apoiar a população carente.

O governador também falou sobre templos e igrejas. No entendimento dele, seria preciso fechar esses locais. Ele seguirá a legislação atual do DF, que permite a continuidade da atividade.

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