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Homem de 22 anos que morreu em cisterna será enterrado nesta 6ª no DF

Acidente de trabalho em cisterna de 7m de profundidade, em Águas Claras, resultou na morte de Wanderson Soares da Silva

atualizado

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Wanderson Soares da Silva, 26 anos, uma das vítimas que morreu em acidente de trabalho no Residencial Santorini, na Quadra 208, em Águas Claras, será enterrado na manhã desta sexta-feira (30/9), no Cemitério Campo da Esperança, em Taguatinga. O homem e outros três operários trabalhavam na instalação de uma bomba de drenagem de água no prédio quando perderam a consciência e desmaiaram no local, na quarta-feira (28/9).

O velório do operário está marcado para às 9h, na Capela 4. O sepultamento será às 11h30.

A vítima trabalhava com paisagismo na empresa Império Garden. Segundo o pai do homem, Carlos Antônio da Silva, ele e a outra vítima, Gutemberg José de Santana, 53, tinham sido contratados para instalar uma nova bomba em uma dos poços do prédio. Os dois chegaram a ser socorridos pelo Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) em parada cardiorrespiratória, mas não resistiram.

Análises preliminares feitas no local do acidente que vitimou dois homens, em Águas Claras, indicam que as vítimas morreram após inalarem monóxido de carbono.

Emissão de gases

Ao chegarem ao local do ocorrido, o CBMDF encontrou três vítimas inconscientes, dentro da cisterna. Gutemberg, Wanderson e Caio Alves da Cruz, 24 — um terceiro funcionário das empresas contratadas para fazer de manutenção da cisterna — precisaram ser reanimados, pois tiveram uma parada cardiorrespiratória.

Gutemberg e Wanderson não resistiram, e Caio segue internado em estado grave. O porteiro do prédio, Elvis Rodrigues Barros, 28, que desceu para tentar ajudar as vítimas, mas conseguiu sair antes de desmaiar, já recebeu alta hospitalar

Tenente do CBMDF, Renato Augusto Silva detalha que os três trabalhadores da manutenção usavam uma bomba à combustão para drenar a água da cisterna. Depois de ligarem a máquina, o grupo saiu do poço, mas passou mal ao reentrar para conferir se estava vazio.

“Eles usaram uma motobomba, ligaram [o equipamento] e saíram da cisterna, para esperar drenar. Quando entraram novamente, começaram a ficar inconscientes. O gás gerado é altamente tóxico e expulsou o oxigênio do poço, que é muito estreito. Assim, as pessoas perdem a consciência muito rápido”, comentou o militar.

Outro ponto que pode ter levado à tragédia, segundo Renato Augusto, seria o fato de haver lama na cisterna, cuja matéria orgânica pode ter gerado gases no interior do poço. “Se for necessário trabalhar em um ambiente confinado assim, fechado há muito tempo, nossa recomendação é de que as pessoas façam aeração do local, que o ventilem, e nunca usem equipamentos de combustão nesses locais”, destacou o tenente Renato Augusto.

Nenhum dos envolvidos usava itens de proteção individual. No entanto, o militar destacou que, devido às condições do ambiente, não seria possível garantir que o uso de equipamentos evitasse a tragédia, em virtude da falta de oxigênio na cisterna.

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