Grupo de ajuda rifa camisa do Flamengo para poder comprar Kombi no DF

“As mãos que ajudam são mais sagradas que os lábios que rezam”. A frase de Madre Teresa de Calcutá é o lema do grupo de ajuda Juliana Amaral que tem como objetivo transformar a vida de famílias em situação de vulnerabilidade social.

Esse sentimento virou ação em 2014 quando dois amigos de adolescência decidiram que gostariam de fazer ações para ajudar instituições carentes do Distrito Federal e Entorno. A intuição veio inspirada em solidariedade quando o economista Evandro Naón, 35 anos, e o conselheiro tutelar Kleiton Guimarães, 36, se deram conta que, embora os problemas sociais no país sejam muito sérios, se cada um exercer um papel solidário poderá ajudar a diminuir o drama das pessoas.

Quatro anos depois, o grupo cresceu – atualmente, são 80 pessoas – e a necessidade de ter um veículo para levar as doações obtidas para instituições carentes tornou-se prioridade. Assim, nasceu a ideia de comprar uma Kombi. Para isso, é necessário arrecadar R$ 16 mil. Sem dinheiro, porém, surgiu outra ideia: que tal fazer uma rifa solidária?

Um amigo tem o contato do pessoal do Flamengo e eu pedi a ajuda dele. Quando comentou a nossa ideia com os jogadores, prontamente eles toparam colaborar.

Evandro Naón, economista

Praticamente todo o elenco titular do Clube de Regatas do Flamengo assinou a camiseta que será rifada pelo grupo. “Foi uma atitude muito bacana. Estamos muito felizes. Já vendemos diversos números da rifa e, até o momento, arrecadamos aproximadamente R$ 7 mil”, relatou Kleiton.

A rifa está sendo comercializada pelos integrantes do grupo. Os números podem ser adquiridos pelo valor de R$ 10, cada. O sorteio está programado para ocorrer no dia 29 de setembro, em horário a definir, e será transmitido ao vivo por meio da página do Facebook de Evandro.

Também para ajudar na arrecadação do dinheiro, o grupo está fazendo uma vaquinha na internet. Quem quiser ajudar, pode entrar no link da campanha clicando aqui. Até esta sexta-feira (3/8), só 3,44% da quantia havia sido arrecadada. Cerca de R$ 550, em dinheiro.

“Apesar de estarmos sempre atarefados com as nossas profissões, nós levamos esse projeto muito a sério. Queremos continuar ajudando essas instituições e todos os que precisam. Para isso, contamos com a ajuda de toda a sociedade. Não há dinheiro que pague ver a felicidade de crianças e receber o carinho de quem recebe as doações quando chegamos aos locais levando o que eles precisam”, afirmou Evandro.

Evolução
No primeiro ano, o grupo formado somente por amigos contava com cerca de 20 pessoas. Com o tempo, o grupo cresceu. O nome, Juliana Amaral, foi dado em homenagem a uma participante ativa que lutava contra o câncer e morreu.

“Antes eu fazia tudo com o meu carro, mas como crescemos, não há mais como ficarmos levando as doações somente nele. Tivemos a ideia da Kombi e começamos a pesquisar os valores de um veículo usado. Precisamos arrecadar aproximadamente R$ 16 mil para comprar o veículo. Não temos essa grana e surgiram outras ideias de como poderíamos levantar o dinheiro”, disse Evandro.

Colabore
O conselheiro tutelar Kleiton diz que doações financeiras não são a única forma de colaboração. Alimentos, brinquedos, livros, material de higiene, material escolar, roupas e utensílios em geral, também são reaproveitados e levados à quem precisa.

Tudo é bem-vindo. A nossa ideia é fazer com que os brasilienses se mobilizem diante de trabalhos sérios e ações com fundo consciente. O que não serve mais para uma pessoa, pode ser muito proveitoso para outra.

Kleiton Guimarães, conselheiro tutelar

Para conhecer mais sobre a história do grupo e ajudar com doações, acesse a página do Instagram @grupodeajudajulianamaral. Aqueles que desejarem contribuir financeiramente devem fazer um depósito bancário em nome de Evandro José Miranda Naón da Silva, na conta corrente: 41752-1, agência: 3598-X, Banco do Brasil.