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Grileiros fazem invasão relâmpago em área de proteção ambiental no DF

Criminosos usaram trator para devastar a vegetação no local, que, ocupado em dezembro, já tem 1,4 mil família. A 16ª DP investiga o caso

atualizado

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Material cedido ao Metrópoles
Grilagem em Planaltina
1 de 1 Grilagem em Planaltina - Foto: Material cedido ao Metrópoles

Instalada dentro da Área de Proteção Ambiental (APA) São Bartolomeu, em Planaltina, uma das maiores invasões do Distrito Federal tornou-se alvo de investigações da Polícia Civil e de monitoramento da Agência de Fiscalização (Agefis). Com 1,4 mil famílias no local, as construções irregulares contam com ações de grileiros, que parcelam a terra pública. Também chamou a atenção a velocidade com que a área foi devastada: as ocupações teriam começado no fim de dezembro.

Investigadores da 16ª Delegacia de Polícia (Planaltina) prenderam dois homens na última terça-feira (8/1). Eles usavam um trator para derrubar árvores do cerrado e abrir ruas a fim de facilitar a circulação das pessoas ao redor de centenas de barracos já erguidos. Autuados por crime ambiental, ambos assinaram Termo Circunstanciado (TC) e foram liberados.

De acordo com o delegado ajunto da 16ª DP, Luiz Gustavo Neiva, a polícia recebeu denúncias sobre a ocupação irregular e foi até ao local. “É impressionante como um volume imenso de barracos estão sendo erguidos em uma grande velocidade. Fizemos a autuação pelo crime ambiental dos homens que operavam o trator, mas iremos oficiar a Agefis [Agência de Fiscalização do DF] sobre o crescimento da invasão”, explicou.

Veja:


Investigação
Ainda segundo o delegado, as diligências precisam ser intensificadas para identificar uma possível ação de grileiros na região onde já existem lotes definidos. Os policiais observaram que muitas demarcações já contam com placas onde constam os nomes das famílias que se instalaram no local.

Pelo menos oito ruas já teriam sido abertas na área de preservação, conforme as apurações preliminares. Em depoimento na delegacia, os homens detidos confirmaram terem sido contratados por um grupo de invasores que se cotizaram para pagar pelo serviço.

O caso deverá ser remetido à Delegacia de Meio Ambiente (Dema), especializada na investigação de grilagem e invasão de terras públicas.

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O Metrópoles procurou a Agefis para saber se o local invadido é alvo de monitoramento. De acordo com o órgão, o setor de inteligência tem conhecimento da invasão que se instalou nas proximidades do Condomínio Nova Planaltina.

“Já foi realizada a vistoria de caracterização da área e o monitoramento tem sido constante. O processo segue para realização da retirada dos ocupantes”, afirmou a Agefis, por meio de nota.

Crime recorrente
Em agosto de 2018, uma operação da Dema apreendeu notas promissórias e documentos que seriam a confirmação de termos clandestinos de posse referentes a 70 lotes na mesma área de proteção ambiental. Na ocasião, ninguém foi preso.

A área de 4,2 hectares fica em meio à vegetação onde passa o Rio São Bartolomeu. De acordo com os investigadores, a gleba pertence à Agência de Desenvolvimento do DF (Terracap) e não pode ser comercializada.

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