metropoles.com

Greve: após reunião com a CLDF, professores e GDF reabrem negociações

O presidente da Casa e deputados de oposição criticaram a judicialização da greve e defendem que só a negociação pode dar fim ao movimento

atualizado

Compartilhar notícia

Francisco Dutra / Metrópoles
CLDF - Metrópoles
1 de 1 CLDF - Metrópoles - Foto: Francisco Dutra / Metrópoles

Após reunião com a Câmara Legislativa (CLDF), nesta segunda-feira (8/5), professores e o Governo do Distrito Federal (GDF) reabriram as negociações em busca de uma solução para o fim da greve dos educadores. Um novo encontro está marcado para quarta-feira (10/5), na Casa Civil, no Palácio do Buriti.

O presidente da CLDF, deputado distrital Wellington Luís (MDB), começou a reunião lamentando a judicialização da greve. “Quero pedir desculpas. Eu estive lá no Palácio do Buriti, na semana passada. Foi construído um acordo. E lamento muito a forma como esse acordo foi desconstruído. A gente tinha acertado que não seria judicializado, não haveria cobrança dos valores e que não haveria demissão”, afirmou.

O parlamentar, que tem origem sindicalista, prosseguiu com a crítica contra à judicialização. “Acho que foi um desrespeito para a Câmara, que estava ajudando nessa composição, a forma como aconteceu. Segundo o presidente da CLDF, a greve é um direito constitucional e precisa ser respeitado. “Eu realmente fiquei muito decepcionado”, arrematou.

Durante a reunião, o líder do governo na CLDF, Robério Negreiros (PSD), declarou que o governo receberá os professores para retomar o diálogo na quarta-feira. Negreiros não entrou em detalhes, mas antecipou que o GDF não deverá ter condições de atender a todas as demandas dos educadores.

“O dialogo é importante e governo nenhum pode abrir mão disso”, argumentou. A princípio, a retomada das negociações terá participações do secretário chefe da Casa Civil, Gustavo do Vale Rocha; do secretário de Planejamento, Orçamento e Administração, Ney Ferraz e; da secretaria de Educação, Hélvia Paranaguá.

Na avaliação do deputado distrital de oposição Gabriel Magno (PT), a retomada da mesa de negociação é um passo positivo e agora cabe ao governo apresentar uma contraproposta aos educadores. Caso as conversas não avancem, Chico Vigilante (PT) defende o trancamento da pauta de votações na CLDF. Fábio Felix (PSol) criticou a judicialização. “Espero que todos os deputados estejam contra a criminalização da greve. Porque a greve é um direito constitucional e a mobilização é legítima”, assinalou.

Sinpro

Ao final da reunião com os distritais, a diretora do Sindicato dos Professores (Sinpro) Luciana Custódio, defendeu a legitimidade da greve. O sindicato recebeu a notificação judicial determinando o fim do movimento paredista nesta segunda-feira. O departamento jurídico da instituição prepara recurso.

“Até porque há um descumprimento de um direito constitucional, o direito à greve, porque a decisão não traz nenhum percentual. Diz que ninguém ode aderir a greve”, explicou. De acordo com o Sinpro, a princípio, a greve continua. “Não é a Justiça quem encerra a greve. Quem encerra é a categoria, em assembleia”, destacou. O sindicato marcou uma nova assembleia para quinta-feira (11/5).

 

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comDistrito Federal

Você quer ficar por dentro das notícias do Distrito Federal e receber notificações em tempo real?