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Grávida baleada no DF tem melhora no quadro de saúde, diz família

Lorrane Silva de Oliveira está internada desde quarta-feira (12/11), após levar um tiro disparado por seu companheiro, Cleiton Alisson

atualizado

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Arquivo Pessoal
Jovem grávida leva tiro na cabeça
1 de 1 Jovem grávida leva tiro na cabeça - Foto: Arquivo Pessoal

A mulher grávida que foi baleada na cabeça no último dia 11, em Sobradinho, teve melhora no quadro de saúde. Lorrane Silva de Oliveira (foto em destaque), 24 anos, está internada desde quarta-feira (12/11), após levar um tiro disparado por seu companheiro, Cleiton Alisson de Sousa, 29.

A jovem está na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Regional do Paranoá. De acordo com a cunhada da vítima, Mariana Coelho Borges, 25, o quadro de Lorrane é estável. A família, contudo, ainda aguarda exames que devem ser feitos nesta segunda-feira (16/11) para saber como está o bebê.

“Graças a Deus ela melhorou. Ainda está sedada, mas já fora de perigo. Agora, esperamos surgir vaga no Hospital de Base, para que ela possa fazer exames por lá, que é um hospital melhor”, disse.

Segundo a irmã da jovem, Michelly da Silva, 27 anos, a vítima já havia relatado que era ameaçada pelo namorado, mas não chegou a registrar denúncia. “A gente nunca engoliu ele. Agora, a justiça tem que ser feita e ele seguir preso”, comentou.

O Metrópoles procurou a Secretaria de Saúde do DF para confirmar as informações sobre o quadro de Lorrane. No entanto, a pasta informou apenas que “a paciente está em leito de UTI no Hospital da Região Leste. Lá, tanto ela quanto o bebê recebem os cuidados necessários ao quadro de saúde apresentado”.

Agressões frequentes

Na última semana, investigadores da 13ª Delegacia de Polícia (Sobradinho) ouviram novas testemunhas sobre o relacionamento de Lorrane e Cleiton. Segundo os depoimentos, a jovem costumava sofrer agressões severas e era ameaçada de morte.

O delegado-chefe da 13ª DP, Hudson Maldonado, afirmou que pessoas próximas à vítima relataram que o ciúme doentio nutrido por Cleiton motivava os espancamentos. “Em um dos episódios, a jovem levou um soco na boca porque havia saído de casa sem a companhia dele. Depois, ela foi jogada debaixo de um chuveiro, com água fria, para que o inchaço diminuísse”, detalhou o delegado.

Em outra ocasião, o suspeito, que está preso por tentativa de feminicídio, ameaçou Lorrane de morte, caso ela o abandonasse. “Ele disse que a mataria, depois executaria seus familiares e tiraria a própria vida. Com certeza, pelos depoimentos, o casal não vivia um relacionamento harmonioso”, afirmou Maldonado.

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As testemunhas ainda revelaram que a gravidez de Lorrane não havia sido planejada. Ela pretendia se separar do rapaz, mas ainda não havia tomado coragem. “Ela contava que não estava feliz e pretendia se separar, mas sentia pena do companheiro, que não tinha para onde ir. E por esse motivo tinha desistido de registrar ocorrências de agressão contra ele”, ressaltou o delegado.

O homem assumiu ter atirado na mulher, mas disse que foi um disparo acidental. Após ter acertado a companheira com o projétil, o acusado fugiu da cena, sendo preso em Sobradinho II. A perícia da PCDF refuta as alegações de Cleiton, pois encontrou duas cápsulas no local do crime, o que, segundo o delegado, coloca em xeque a versão do homem de que ele teria disparado um tiro de maneira acidental.

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