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“Flock sofreu muito antes de morrer”, desabafa tutora de cachorrinho

Após morte do animal de estimação, em um pet shop no DF, empresária desenvolveu depressão. Caso segue em investigação

atualizado

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Material Cedido ao Metrópoles
Flock, Spitz Alemão que morreu numa clínica de pet shop
1 de 1 Flock, Spitz Alemão que morreu numa clínica de pet shop - Foto: Material Cedido ao Metrópoles

“O Flock sofreu muito antes dele morrer”. Assim lamentou a empresária Larissa Marques de Carvalho, 34 anos, tutora do animal. Ela fez o desabafo após ter lido o laudo da Universidade de Brasília (UnB) sobre a morte do cachorrinho da raça sptiz.

“Eu estou sem chão. Preciso entender o que aconteceu para o meu coração acalmar. Eu preciso da verdade. Está me doendo muito. Está me machucando muito. É desumano”, lamentou Larissa.

Flock morreu em uma clínica veterinária da Asa Norte, após ter sido deixado no local para banho e tosa. Segundo laudo da UnB, o cachorro foi a óbito em decorrência de asfixia e hemorragia. O documento descartou a hipótese de mal súbito.

“São várias lesões, em vários lugares. Algumas por objeto contundente”, lamentou. “O cachorro tem vários hematomas. Tem rompimento de artérias. Tem lesões no saco escrotal”, detalhou. Após ler o documento, Larissa ficou em estado de choque.

Depressão

“Além de eu tê-lo perdido, de não ter mais o meu cachorro, eu ainda fico sabendo que foi de uma forma… Sabe? Triste”, desabafou. Depois da morte do cachorrinho, Larissa desenvolveu um quadro de depressão e passa por tratamento psicológico.

O laudo é mais um elemento para o esclarecimento do caso. E a empresária acredita no trabalho de investigação da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF). “Eu quero justiça. Preciso saber de verdade o que aconteceu com ele, sem omissão de fatos. Eu preciso saber. É meu direito entender o que aconteceu”, afirmou.

Confira os apontamentos da UnB:  

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Saudade

As memórias dos bons momentos com o cachorrinho fazem parte da rotina da empresária. “Eu sinto falta o tempo inteiro dos “lambejinhos”, do abraço, do carinho, de quando ele me acordava, de passear”, contou. Flock era como um filho. “Ele o meu suporte emocional”, completou.

 

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Em setembro, o Metrópoles entrevistou o médico veterinário e proprietário da Personal Dog, Luís Gustavo Silveira, que confirmou a versão de que o cão estava no estabelecimento para tosa e banho. Ele pontuou que, no momento de secar e pentear o animal, Flock desmaiou e ficou inconsciente.

“Sou o veterinário da clínica e fiz todos os procedimentos de reanimação. Infelizmente, o cão não resistiu e faleceu. Comunicamos a dona logo após tentarmos reanimá-lo. Eu não acompanhava o cão e não sei se ele já tinha alguma doença pré-existente”, pontuou.

O proprietário contou que a tutora do animal chegou bastante nervosa ao estabelecimento e não foi possível conversar com ela.

“Nós tentamos salvar o cachorro. Ela chegou e não teve a intenção de saber o que aconteceu. Estava alterada, quebrou o interior da loja e também ameaçou os funcionários. Foi necessário acionar a polícia, que levou a tutora até a delegacia, e registramos ocorrência. Infelizmente, não houve um diálogo. Não teve como conversar com ela. O nosso advogado vai acompanhar o caso”, afirmou Silveira.

O pet shop também registrou ocorrência na PCDF. Nesse caso, a polícia apura o crime de dano, uma vez que a dona do cachorro, exaltada e no calor do momento, danificou objetos da clínica.

Outro lado

Na tarde de quinta-feira (21/10), o Metrópoles entrou em contato com a Personal Dog para ouvir o posicionamento da clínica sobre o laudo da UnB. Em nota, a clínica informou desconhecer o teor do documento e disse que só se manifestará após ter acesso ao conteúdo.

A clínica também expressou pesar pela morte de Flock. Segundo a nota, o estabelecimento está à disposição para colaborar com a apuração do caso e solidário ao sofrimento da família.

Leia a nota da Personal Dog na íntegra:

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