metropoles.com

PRF escolta caminhoneiros “acuados” em bloqueio na divisa com o DF

Eles serão acompanhados até Brasília ou Cristalina (GO), dependendo da vontade de cada um

atualizado

Compartilhar notícia

Michael Melo/Metrópoles
PRF, bloqueio, BR-040, caminhoneiros
1 de 1 PRF, bloqueio, BR-040, caminhoneiros - Foto: Michael Melo/Metrópoles

Um comboio com seis viaturas da Polícia Rodoviária Federal (PRF) chegou ao bloqueio – feito pelos caminhoneiros na BR-040, no Km 10, altura do Jardim Ingá (GO), Entorno do DF – por volta das 14h30 desta terça-feira (29/5). Os policiais vão escoltar motoristas que querem deixar o protesto, mas estão se sentindo acuados por outros manifestantes.

Um grupo com 27 policiais militares de Goiás também está no local para evitar tumultos durante a escolta que está sendo organizada pela PRF. Até as 15h50, pelo menos 15 caminhoneiros tinham aderido à escolta. Eles serão acompanhados até Luziânia (GO).

Houve um princípio de confusão quando um dos motoristas foi atingido por um copo de suco. O clima é tenso. Na saída do primeiro grupo, os caminhoneiros que deixaram o protesto foram xingados pelo restante.

0

 

 

Confira o vídeo feito pela PRF:

 

O governo apura se três movimentos políticos –Intervenção militar já, Fora Temer e Lula livre – se infiltraram na paralisação dos caminhoneiros. Eles estariam alimentando os focos que ainda querem manter os bloqueios, mesmo após a categoria ter boa parte das reivindicações atendidas ou ao menos encaminhadas. Essa é uma leitura feita nas reuniões do gabinete de crise montado pelo Palácio do Planalto na semana passada.

Os caminhoneiros falam abertamente do problema. O presidente da Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam) – uma das últimas entidades a aceitar as propostas do governo –, José da Fonseca Lopes, afirmou existir um forte grupo de intervencionistas infiltrado na paralisação. Essas pessoas estariam impedindo que parte dos motoristas deixassem os locais de protesto.

A PRF ainda não divulgou balanço das multas aplicadas em caminhoneiros ou empresas envolvidas no protesto, que alcança hoje o nono dia. O Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou punição no valor de R$ 100 mil por hora às entidades responsáveis pelos bloqueios nas estradas ou de R$ 10 mil por dia para caminhoneiros envolvidos na paralisação.

A punição foi fixada numa cautelar concedida sexta (25) à noite, atendendo a pedido feito pela Advocacia-Geral da União (AGU), que incluía também o uso da força para tentar conter a greve dos caminhoneiros. No entanto, todas as multas emitidas até o momento pela Polícia Rodoviária Federal tiveram como base o Código Nacional de Trânsito, num valor que varia entre R$ 5 mil e R$ 17 mil. No balanço divulgado pela PRF, foram determinadas 400 multas, num total de R$ 2 milhões.

Compartilhar notícia