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Governo usará polícia contra “infiltrados” em greve dos caminhoneiros

De acordo com Eliseu Padilha, PRF trabalhará para separar, nos bloqueios, profissionais da categoria daqueles com “interesses políticos”

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
Eliseu Padilha
1 de 1 Eliseu Padilha - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha (MDB), atribuiu a continuidade de bloqueios em estradas e rodovias federais nesta segunda-feira (28/5) a “infiltrados” com “objetivos políticos” entre os caminhoneiros mobilizados. A paralisação em algumas estradas permanece mesmo após a publicação em edição extra do Diário Oficial da União (DOU) nesse domingo (27) de três medidas provisórias reivindicadas pela categoria.

“Temos informações dos líderes de pessoas que ali estão e não são caminhoneiros, mas gente infiltrada com objetivos políticos. Nossos serviços de inteligência estão trabalhando nisso, para que a infiltração não seja preponderante a ponto de obstruir a possibilidade da retomada imediata da atividade”, afirmou o ministro.

De acordo com Padilha, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) já iniciou um trabalho nos pontos de bloqueio com o objetivo de “separar” os infiltrados dos motoristas. “A informação de infiltração foi trazida pelos próprios caminhoneiros. Nós informamos a PRF e ela vai atrás. Ela conhece as estradas onde trabalha, conhece quem é líder do movimento e sabe também das infiltrações políticas que aconteceram em muitas dessas concentrações”, pontuou o chefe da Casa Civil.

Padilha afirmou ainda que o governo “superou” a fase de negociação com os trabalhadores e aguarda a extinção completa das paralisações. “O presidente adotou as providências e, no nosso entendimento, a negociação encerrou-se”, comentou.

As declarações foram dadas em coletiva de imprensa após uma reunião convocada para a manhã desta segunda (28). Nesse domingo (27), em pronunciamento, o presidente Michel Temer (MDB) anunciou um pacote de cinco medidas para atender às reivindicações de caminhoneiros. A principal delas envolve a redução do preço do diesel: R$ 0,46 centavos, desconto válido por 60 dias.

O Palácio do Planalto comunicou que, na manhã desta segunda (28), ainda restavam 557 concentrações de caminhoneiros em diferentes estados. No ápice da greve, na semana passada, com base em informações do governo, o número de paralisações chegou a 1.200.

“Não houve tempo”
Segundo informou a Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam), em nota divulgada na manhã desta segunda-feira (28), “ainda não houve tempo hábil para que todos tivessem conhecimento da decisão tomada” na noite de domingo (27).

Conforme anunciou a Abcam, uma força-tarefa tem se empenhado no sentido de ajudar a informação a circular pelo Brasil o mais rapidamente possível. “A entidade vem trabalhando para que o acordo chegue em toda a categoria”, cita o texto dos caminhoneiros autônomos.

 

 

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