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Padres são suspeitos de usar doações para comprar fazenda e lotérica

O bispo de Formosa Dom José Ronaldo, quatro padres e um monsenhor foram presos em operação do Ministério Público de Goiás nesta segunda (19)

atualizado

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Reprodução/Diocese de Formosa
bispo formosa
1 de 1 bispo formosa - Foto: Reprodução/Diocese de Formosa

O Ministério Público de Goiás (MPGO) deflagrou nesta segunda-feira (19/3) a Operação Caifás com o objetivo de desarticular uma associação criminosa que atuava desviando recursos de igrejas católicas do Entorno do DF, incluindo Formosa e Planaltina de Goiás. O prejuízo estimado é de mais de R$ 2 milhões. Os fundos teriam sido utilizados, segundo interceptações telefônicas, para comprar fazenda de gado e casas lotéricas. Tudo para fins particulares.

O bispo de Formosa Dom José Ronaldo (foto de destaque), quatro padres e um monsenhor foram presos. Os recursos eram provenientes de dízimos, doações, taxas oriundas de batismo e casamento, além de arrecadações vindas dos fiéis para a realização de festas religiosas. Ao todo, os policiais cumpriram 13 mandados de prisão e 10 de busca.

Foram apreendidas caminhonetes da cúria de Formosa em nome de terceiros, além de grande quantia de dinheiro em espécie, cujo valor ainda não foi divulgado.

Confira os religiosos que foram alvos de mandados de prisão ou de busca e apreensão:

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As investigações começaram após o Ministério Público ter recebido denúncias de fiéis que desconfiaram dos desvios, supostamente iniciados em 2015. Entre as suspeitas, estava o fato de as despesas da casa episcopal de Formosa, onde o bispo mora, terem passado de R$ 5 mil para R$ 35 mil desde que Dom José Ronaldo assumiu o posto.

Acionado, o MP apurou as denúncias e deu início à operação. Os promotores e policiais cumprem os mandados em domicílio, na cúria da Diocese de Formosa, em paróquias de outras cidades e em um mosteiro. Um padre também foi preso no município goiano de Posse.

A reportagem fez contato com a Diocese de Formosa e com a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que não se manifestaram.

A operação tem a coordenação dos promotores de Justiça Fernanda Balbinot e Douglas Chegury, e conta com a atuação de mais dez promotores, com apoio do Centro de Inteligência (CI) do MPGO, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Entorno do Distrito Federal, do Gabinete de Segurança Institucional (GSI-MP), além das polícias Civil e Militar.

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