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Após peregrinação, parentes reconhecem corpo de idosa no IHBDF

Há dois meses, Terezinha Félix dos Santos perdeu o marido. Ela está entre as vítimas do acidente na BR-020

atualizado

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Arquivo pessoal
1 de 1 - Foto: Arquivo pessoal

Depois de passar por ao menos quatro hospitais e ir até o Instituto Médico Legal (IML) de Formosa (GO), a família de Terezinha Félix dos Santos (foto em destaque), 69 anos, diz ter reconhecido o corpo dela no Instituto Hospital de Base do Distrito Federal (IHBDF). Ainda sofrendo a dor da perda do marido, que morreu em 29 de novembro de 2017, a idosa tinha ido a Soledade (PB) para visitar parentes.

Terezinha estava morando na casa de familiares, no Distrito Federal e em Águas Lindas (GO), segundo a esposa de um neto dela, Midian Lopes, 25. Ela voltava para a capital da República no ônibus que se envolveu em um acidente, na manhã desta quinta-feira (15/2), na BR-020.

Era uma pessoa simples, dedicada. Era uma mulher que, nos últimos anos, dedicou sua vida ao esposo, que dependia em tudo dela. Apesar das dificuldades, nunca desistiu.

Midian Lopes, 25 anos, esposa de um neto de Terezinha

Filho de Terezinha, o pedreiro Genildo de Sousa, 43, é um dos que peregrinaram atrás de notícias. Segundo ele, os familiares foram aos hospitais de Sobradinho, Taguatinga, Paranoá e ao IHBDF. Ela teve cinco paradas cardíacas, de acordo com as informações dadas pelos médicos ao genro de Genildo, o eletricista Wesley dos Santos, 24. 

Ela era brava, mantinha todo mundo na linha. Morreu brigando pela vida.

Wesley dos Santos, 24 anos, marido de uma neta de Terezinha

Wesley lembra que, um dia, os filhos insistiram muito para ela ir de avião, mas Terezinha tinha medo e preferiu o transporte terrestre. 

O caso da família da idosa não é o único. Desde a manhã desta quinta-feira, a estudante Géssica Casimiro, 24 anos, vive momentos de aflição. Os pais dela, José Francimar Rodrigues, 46, e Wigma Casimiro Gonçalves, 42, também estavam no veículo. 

Ao Metrópoles, a jovem relatou que o pai foi encontrado. “Ele está internado, já fez uma cirurgia e passa por outra. Meu pai teve fratura exposta nos dois braços”, conta. Na noite desta quinta, a morte da mãe foi confirmada. 

Levei um susto tremendo quando vi a reportagem e logo pensei que eles estavam mortos. Mas meu pai apareceu.

Géssica Casimiro, 24 anos, filha de um casal passageiro do ônibus

Por outro lado, a empresária Valquíria Delmonte da Silva, 28, não escondeu a alegria quando soube que a prima, Nataiane Lopes dos Santos, 22, não estava no IHBDF. Ela conta que Nataiane saiu de Ouricuri (PE) com tudo que tinha, para reconstruir a vida ao lado dos familiares, em Sobradinho. Valquíria só soube do acidente após perceber o atraso do ônibus.

O Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal disse a ela que o nome de Nataiane não está na lista dos socorridos. Na relação de passageiros, a moça aparece como ocupante do banco atrás do motorista, uma das regiões mais destruídas do ônibus, com a colisão. Um parente esteve no IML, mas não teve condições de identificar o corpo. A empresária pretende ir ao Instituto Médico Legal de Formosa, na sexta-feira (16), fazer o reconhecimento.

Há ao menos oito mortos. Entre eles, o condutor do coletivo, que saiu de Cajazeiras (PB) com destino a Goiânia (GO), Edson Lopes Lima, 47 anos. O motorista foi encontrado preso às ferragens. A cabine do veículo ficou completamente destruída. Iarrana Santos Sousa, 1 ano e 4 meses, também não resistiu e morreu.

O acidente
O ônibus que Edson dirigia vinha de Cajazeiras, na Paraíba, e seguia para Goiânia (GO). Bateu em uma carreta carregada de adubo e com placa do Paraná, na altura de Formosa. Em seguida, o caminhão rodou na pista, mais uns 10 metros para frente, em movimento, e colidiu com outra carreta, que vinha logo atrás do coletivo e ficou atravessada na via.

De acordo com integrantes do Corpo de Bombeiros do DF e da corporação de Goiás, não é possível afirmar ainda as causas do acidente. Testemunhas, porém, disseram que o motorista do ônibus teria saído um pouco da faixa, como se tivesse sofrido um mal súbito. A maioria dos passageiros dormia no momento da tragédia.

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