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Em 2 anos, operações antibomba da PMDF custaram, em média, R$ 165 mil

Deflagrada em casos de suspeita da existência de explosivos, Operação Petardo da PM custa cerca de R$ 6,6 mil ao DF a cada acionamento

atualizado

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Breno Esaki/Metrópoles
Policial do esquadrão antibombas da PMDF vasculha mala suspeita no Ministério da Indústria, na Esplanada dos Ministérios em brasília 2
1 de 1 Policial do esquadrão antibombas da PMDF vasculha mala suspeita no Ministério da Indústria, na Esplanada dos Ministérios em brasília 2 - Foto: Breno Esaki/Metrópoles

Em 2023, o Batalhão de Operações Especiais (Bope) da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) foi acionado ao menos 13 vezes para apurar suspeitas relacionadas a supostos artefatos explosivos na capital da República. A chamada Operação Petardo custa, em média, R$ 6,6 mil cada vez em que ocorre.

No ano anterior, a PMDF contabilizou 12 acionamentos do Esquadrão de Bombas — quatro deles às vésperas da posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) — e uma tentativa de explosão próxima ao Aeroporto Internacional de Brasília, em 24 de dezembro de 2022.

Considerado o valor médio gasto em cada operação, nos últimos dois anos, a corporação empenhou cerca de R$ 165.690 só com esse tipo de trabalho.

A quantidade de operações feitas em 2023 foi levantada pelo Metrópoles por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI), pois a PMDF não respondeu a pedido da reportagem sobre os dados.

Nos últimos cinco anos, 2018 foi o período que mais registrou chamados do tipo: 56.

Efetivo

Uma operação do esquadrão demanda, em média, 16 policiais do Bope; oito da companhia Patamo — responsável pelo Policiamento Especializado de Patrulhamento e pelo Batalhão de Choque; além de quatro integrantes da Unidade Policial Militar da área e de um terceiro-sargento do quadro de PMs combatentes, segundo dados da LAI.

Com essa equipe, haveria um empenho de R$ 2.184 por hora de operação, apenas para remuneração dos policiais. Com duração média de três horas até a solução do caso, o custo da força-tarefa apenas com efetivo seria de R$ 6.552.

Deslocamento

Um carro da corporação modelo Toyota Corolla faz 11,6km por litro, enquanto o consumo de um veículo Dodge Journey é 6,6km/l, totalizando, em média, 9,1km/l.

Para atender a um chamado do Esquadrão de Bombas, são empregadas sete viaturas. Um deslocamento de ida e volta para a área central de Brasília, por exemplo, a 9,1km de distância da sede do Bope demandaria 14 litros de gasolina, a um custo estimado de R$ 75,60 — considerado o litro a R$ 5,40.

Somados valor da hora de trabalho dos policiais e os custos com deslocamento, cada acionamento totalizaria R$ 6.627,60.

Equipamentos

Para verificar a existência de explosivos, a PM usa equipamentos tecnológicos importados de diversos países, para detecção de diversas substâncias.

Os mecanismos incluem leitura remota de substâncias; máquina de raio-x portátil; kits para intervenção remota; unidades e braços robóticos; bem como trajes de proteção “que tornam possível o atendimento de qualquer crise envolvendo explosivos, dentro de padrões aceitáveis de segurança”.

Para comprar alguns desses equipamentos necessários à Operação Petardo, a corporação chega a desembolsar valores da casa de R$ 1 milhão.

Uma máquina de raio-x portátil, que ajuda na identificação e desativação de artefatos explosivos, custa entre R$ 500 mil e R$ 1 milhão. Os trajes de proteção usados pelos explosivistas policiais podem sair por até R$ 500 mil.

Quando acionar a PM

A PMDF orienta que suspeitas de bombas sejam comunicadas ao Centro de Operações Policiais Militares (Copom), vinculado à Secretaria de Segurança Pública (SSP-DF), pelo telefone 190.

Caso alguém se depare com um possível artefato explosivo, são necessários alguns cuidados.

Confira:

  • Não tocar o objeto;
  • Não manusear ou fazer qualquer tipo de intervenção;
  • Acionar imediatamente a equipe do Esquadrão de Bombas do Bope, pelo telefone 190;
  • Isolar o local.

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