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Em depoimento, ex-comandante da PM disse que “Exército impediu ação”

Fábio Augusto Vieira, ex-comandante da PMDF, afirmou que, durante os atos de 8 de janeiro, o Exército “discordou da operação”

atualizado

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Reprodução / PMDF
Fábio Augusto Vieira, comandante-geral da PMDF, reconduzido ao cargo pelo governador Ibaneis Rocha - Metrópoles
1 de 1 Fábio Augusto Vieira, comandante-geral da PMDF, reconduzido ao cargo pelo governador Ibaneis Rocha - Metrópoles - Foto: Reprodução / PMDF

Em depoimento à Polícia Federal, o ex-comandante-geral da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) Fábio Vieira afirmou que o Exército Brasileiro impediu a ação dos PMs para conter os extremistas durante os atos antidemocráticos de 8 de janeiro. Segundo o coronel, o Exército, a todo momento, “discordou da operação”.

Os detalhes constam  no depoimento de Fábio. Ele foi preso em 11 de janeiro por determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

O coronel ainda informou que desde o início determinou a detenção de todos os envolvidos nos atos terroristas, mas foi informado que o Exército havia tentado impedir a PMDF de realizar as prisões.

“O coronel Fábio já havia requerido anteriormente a dissolução do acampamento e por três vezes chegou a mobilizar efetivo da policia militar para dissolver os manifestantes em frente ao QG; Em todas as oportunidades, o exército discordou da operação e impediu a ação da PMDF”, diz o depoimento.

Fábio também afirmou à PF que chegou à entrar em luta corporal com os vândalos. Ao final dos atos do dia 8, a PMDF dirigiu-se ao Quartel-General do Exército para realizar prisões, mas, segundo o coronel, novamente, o Exército impediu a ação.

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Trocas na SSP-DF

O coronel considero que as trocas recentes que haviam sido feitas por Anderson Torres, recém-nomeado secretário de Segurança do DF, na pasta dificultaram o fluxo de informações no comando operacional da PMDF.

“Dados os diversos vídeos que circulam na internet, é possível verificar que a PMDF realizou as detenções no interior do Congresso, STF e Planalto”, disse.

Fábio também afirmou que não havia indicativo de violência entre os atos previstos para o dia.

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