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Sem receber pagamento, professores da UnB Idiomas paralisam atividades

Reitor Ivan Camargo reconhece a dívida e informa que a instituição se esforça para garantir o salário dos docentes, mas não dá prazo para quitar os débitos. Programa que oferece aulas de 14 línguas estrangeiras atende cerca de 15 mil alunos por ano

atualizado

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1 de 1 UnB - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Os estudantes que se matricularam no curso regular da UnB Idiomas poderão não ter aulas neste primeiro semestre letivo, previsto para começar em 28 de março. Com os salários atrasados, os professores decidiram cruzar os braços a partir desta sexta-feira (4/3), quando começariam a organizar a programação dos próximos meses. Eles alegam que o pagamento referente às aulas ministradas durante o curso de verão, em janeiro, ainda não foi depositado. Essa situação, no entanto, não ocorreu apenas neste ano. Em 2015, os docentes ficaram sem receber durante cinco meses.

Funcionários do programa também vivem o drama dos professores. “Tem gente que não está conseguindo vir trabalhar porque não tem dinheiro para a passagem do ônibus. É uma falta de respeito”, lamenta uma docente que pediu para não ser identificada.

Segundo os educadores, a chefe do Departamento de Línguas Estrangeiras e Tradução (LET), Ana Helena Rossi, enviou uma carta para a reitoria apontando os problemas e pedindo uma resposta da instituição.

Em entrevista ao Metrópoles, o reitor Ivan Camargo reconheceu os atrasos. “Tivemos muitas dificuldades no ano passado. Por causa da greve, acumulou uma quantidade grande de pagamentos. Os professores têm razão. Não é uma dificuldade recente”, explica. Ele espera que os salários dos quase 250 profissionais sejam pagos até esta sexta-feira (4), contudo admitiu que não pode dar certeza se, de fato, o dinheiro cairá nas contas dos docentes até o fim da semana. “Estamos fazendo todos os esforços”, finaliza.

Os professores entrevistados pela reportagem explicaram que eles assinam um contrato com valor das horas/aulas que serão prestadas durante um semestre ou mês, no caso dos cursos de verão. O salário costuma ser depositado em duas ou três parcelas. “Não temos carteira assinada. Prestamos um serviço para a universidade. Infelizmente, já nos acostumamos com os atrasos, principalmente nos períodos de greve, mas nunca vivenciamos uma situação tão precária como essa”, comenta um educador.

Enquanto os profissionais não veem a cor do dinheiro, as atividades (reuniões e elaborações de aulas e de provas) estão suspensas. E garantem: “O semestre letivo não começará até que a gente receba o que nos é de direito”, disse outro docente que pediu para ter o nome preservado.

O UnB Idiomas é um programa permanente de extensão da instituição. Alunos da universidade e pessoas da comunidade podem escolher entre 14 línguas para cursar. Entre elas, alemão, árabe, coreano, espanhol, esperanto, francês, grego moderno, inglês e até turco. Desde sua criação, o programa já recebeu um total de 50.293 estudantes. Anualmente, atende a uma demanda de 15 mil alunos.

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