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Secretário da Educação rebate críticos a mudanças em escolas parque

Pais acusam o secretário de Educação, Júlio Gregório, de ter sido intransigente ao recomendar aos insatisfeitos que acionem à Justiça

atualizado

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1 de 1 - Foto: Divulgação

O debate sobre as mudanças no atendimento das escolas parque impostas pelo GDF irritou pais de alunos na manhã desta segunda-feira (26/12). Eles acusam o secretário de Educação, Júlio Gregório, de ter sido intransigente ao recomendar aos insatisfeitos que apelassem ao Judiciário.

A musicista Daniela Neri, que tem dois filhos matriculados na rede pública, contou como foi a reunião na Secretaria de Educação, na qual estavam professores, conselheiros, representantes da sociedade civil e até mesmo parlamentares. “O secretário disse que quem estiver insatisfeito que procure a Justiça. Nós estávamos apenas defendendo o direito dos nossos filhos, mas as coisas já chegaram decididas. Até já recebemos bilhete informando sobre as mudanças”, disse.

O presidente do Conselho Escolar da Escola Parque 303/304, Diego Viegas, acusou o secretário de Educação de fazer pouco caso do protesto dos pais. “Foi bastante revoltante ouvir ele mandando os pais procurem a Justiça, como também foi absurdo ele fazer juízo de valor a respeito de quem passou a manhã pós-Natal na reunião. Para ele, eram pais de classe média, que não tinham o direito de lutar por uma educação pública de qualidade. Ele achou que, porque estávamos lá, tínhamos babás para ficar com as crianças e não trabalhávamos”, afirmou.

Procurada pela reportagem, a Secretaria de Educação negou que o secretário Júlio Gregório tenha orientado os pais a procurarem a Justiça ou que tenha sido intransigente. “A nova proposta busca atender aos objetivos verdadeiros das escolas parque, possibilitando um atendimento educacional diferenciado”, disse a assessoria de imprensa da pasta.

Entenda a confusão
Atualmente, as escolas parque oferecem, uma vez por semana, atividades como artes, música, natação e educação física para cerca de 3,9 mil alunos matriculados no ensino fundamental tradicional da rede pública do Distrito Federal. Com a mudança, a Secretaria de Educação afirma que aumentará os dias de atendimento aos estudantes, implementando ensino integral em mais escolas. O problema é que, com isso, o número de crianças atendidas nos projetos culturais cairá de 3,9 mil para 2,8 mil, e a quantidade de escolas classe com aulas também nas escolas parque passará de 38 para 17.

A decisão da Secretaria de Educação enfrenta resistência ainda do Conselho Tutelar. Além disso, no Diário Oficial do DF desta segunda, o Conselho Distrital de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos publicou uma recomendação para que seja adiada a implementação da política de atendimento das escolas em tempo integral utilizando as escolas parque, “com objetivo de ampliar o debate com a Comunidade Escolar envolvida, e possibilitar a reestruturação das escolas para o atendimento devido”.

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