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Após uma semana, estudantes desocupam prédio da UnB

Decisão é fruto de um acordo firmado entre os alunos e a universidade, com mediação do MPF. Estudantes não devem sofrer sanções

atualizado

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1 de 1 unb81 - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Após uma semana de manifestação, os estudantes da Universidade de Brasília (UnB) que ocupavam o prédio BSA Sul, no campus Darcy Ribeiro, liberaram o espaço na tarde desta segunda-feira (21/8). A decisão foi fruto de um acordo firmado pela manhã entre os alunos e a universidade, com mediação do Ministério Público Federal (MPF). Segundo a UnB, as atividades acadêmicas estarão plenamente restabelecidas nas aulas do período matutino desta terça-feira (22).

A ocupação, que teve início no dia 14 de agosto, pedia principalmente a revogação das demissões de funcionários terceirizados que prestavam serviço para a UnB. Desde o mês passado, centenas de trabalhadores receberam aviso-prévio por conta de revisões nos contratos firmados pela instituição, que teve seu orçamento cortado em 45% durante este ano.


Segundo os estudantes, no acordo a UnB se comprometeu a realizar uma auditoria nos contratos de servidores terceirizados da instituição. Também deverá promover seminários e debates públicos com o objetivo de prestar contas sobre a situação financeira da universidade.

O acordo também prevê a apuração de denúncias sobre supostas fraudes no sistema de cotas raciais na UnB, a posse de um coordenador para o Centro de Convivência Negra da universidade e a criação de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) sobre uma possível remodelagem do sistema de cotas. Os estudantes que participaram do ato não devem sofrer sanções da UnB.

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Cortes no orçamento

Por conta da redução de repasses pelo governo federal, a Universidade de Brasília vive um momento de contenção de gastos. Os recursos previstos para a instituição sofreram corte de 45% e a reitoria foi obrigada a rever os gastos.

No mês passado, pelo menos 245 funcionários que prestam serviços de recepção, portaria e limpeza à UnB receberam aviso-prévio das empresas onde trabalham. As mudanças também chegaram ao Restaurante Universitário, que foi obrigado a reduzir porções, mudar o cardápio e cortar itens, como azeite e palitos de dente.

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