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Inflação baixa mostra que país pode se recuperar, diz Planejamento

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado nesta quarta (10), ficou em 2,95% no ano passado – menor nível desde 1998

atualizado

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Michael Melo/Metrópoles
dinheiro grafico – Um real 1 – Moeda – Economia – Inflação – Queda – Bolsa de Valores
1 de 1 dinheiro grafico – Um real 1 – Moeda – Economia – Inflação – Queda – Bolsa de Valores - Foto: Michael Melo/Metrópoles

O Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão disse nesta quarta-feira (10/1), em nota, que o resultado da inflação de 2017 mostra que o país pode dar continuidade ao processo de recuperação do crescimento econômico.  Segundo a pasta, 2017 “terminou com resultados favoráveis no campo econômico”. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado nesta quarta (10), ficou em 2,95% no ano passado – menor nível desde 1998 (1,65%).

“Saímos da maior recessão da nossa história, com dois anos seguidos de queda no PIB [Produto Interno Bruto], voltamos a gerar empregos e a inflação, como divulgada nesta quarta (10) pelo IBGE [Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística], mostrou recuo de maneira significativa”, diz o Planejamento. “Com a inflação sob controle, o país pode dar continuidade ao processo de recuperação do crescimento econômico em curso gerando empregos e aumentando a renda das famílias”, acrescenta o texto.

De acordo com os dados divulgados pelo IBGE, o resultado positivo da inflação, segundo o Planejamento, se deve a diversos fatores, entre eles a desaceleração nos preços livres, que passaram de 6,54%, em 2016, para 1,35%, em 2017, com recuo na inflação de serviços de 6,47%, em 2016, para 4,52%, em 2017. A variação dos bens apresentou deflação, de 1,42%, ante alta de 6,63%, em 2016.

O destaque foi ainda a deflação do grupo alimentos e bebidas, cuja variação foi de -1,87%, em 2017. Em 2016, o mesmo grupo registrou alta de 8,61%. Desde 2010, a inflação dos alimentos e bebidas ficava, em média, superior a 9%.

Carta do Banco Central
A taxa de inflação ficou abaixo do centro da meta, de 4,5%, o que não ocorria desde 2009, e, pela primeira vez, abaixo do limite inferior de tolerância, de 3%.

Devido ao resultado, o Banco Central terá que justificar o descumprimento da meta de inflação, mesmo que esse descumprimento tenha sido para baixo. A carta aberta do Banco Central a ser enviada pelo presidente da instituição, Ilan Goldfajn, ao presidente do Conselho Monetário Nacional, ministro Henrique Meirelles, será divulgada na tarde desta quarta (10). Em seguida, o presidente falará com a imprensa.

Parte do regime de metas para a inflação no Brasil, a carta aberta é um instrumento pelo qual o Banco Central presta contas à sociedade sobre o cumprimento das metas fixadas pelo CMN. Esta é a primeira vez que a meta é descumprida por ficar abaixo do piso. A meta ficou acima do teto quatro vezes: 2001, 2002, 2003 e 2015.

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