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Inflação do país é a menor desde 1998. DF fica acima da média nacional

Índice ficou abaixo do piso da meta do governo, de 3%, e presidente do BC terá de se explicar em carta aberta ao ministro da Fazenda

atualizado

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JF DIORIO/ ESTADÃO
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1 de 1 mercado - Foto: JF DIORIO/ ESTADÃO

A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou 2017 com alta de 2,95%, a menor taxa anual desde 1998 (1,65%), informou nesta quarta-feira (10/01), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em dezembro, o índice acelerou para 0,44%, ante alta de 0,28% em novembro.

Entre as cidades pesquisadas, Brasília teve a inflação mais alta do ano, junto a Goiânia: 3,76%. Considerando apenas o mês de dezembro, a capital federal fica em segundo, com alta de 0,59%, atrás apenas de São Paulo (0,62%).

O número decorre sobretudo pela deflação histórica em alimentos no domicílio. A última vez que foi registrada queda no segmento foi em 2006, de 0,13%, o resultado mais baixo da série histórica do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), iniciada em 1994. O resultado anual ficou acima das estimativas coletadas pelo jornal O Estado de S.Paulo, que ia de 2,74% a 2,89%.

Como a inflação ficou abaixo dos 3%, que é o piso inferior da meta inflacionária de 4,5%, o Banco Central (BC) deve ter de escrever uma carta ao ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, para justificar o descumprimento. Essa será a primeira vez que o BC terá de explicar a inflação abaixo do limite desde a criação do regime de metas em 1999. Nem por isso deve receber análise negativa do mercado já que grande maioria da contribuição da descompressão deve-se a oferta abundante de alimentos por causa da safra inédita de grãos.

 

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