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Dono de chácara onde Lázaro e polícia trocaram tiros: “Não vou dormir lá”

Lázaro Barbosa foi visto no sítio do engenheiro agrônomo Bruno Lacerda nesta quinta-feira (17/6). Houve tiroteio na área

atualizado

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Arthur Menescal/Especial Metrópoles
Agentes do Batalhão de Operações Especiais realizam busca para encontrar Lázaro Barbosa, após denúncia de que ele estaria escondido em região de mata fechada
1 de 1 Agentes do Batalhão de Operações Especiais realizam busca para encontrar Lázaro Barbosa, após denúncia de que ele estaria escondido em região de mata fechada - Foto: Arthur Menescal/Especial Metrópoles

O dono de uma chácara onde Lázaro Barbosa, 32 anos, trocou tiros com polícia relatou nesta quinta-feira (17/6) que vai procurar uma outra casa para dormir enquanto as buscas pelo maníaco durarem: “Não vou dormir lá”, disse o engenheiro agrônomo Bruno Lacerda, 53 anos.

O suspeito de cometer uma chacina em Ceilândia foi visto na propriedade de Lacerda, em Girassol (GO). O engenheiro conhece a família de Lázaro Barbosa e relatou o sofrimento diante dos crimes cometidos por ele. “O pai dele é muito meu amigo. A família está sofrendo muito”, afirmou.

Lázaro foi visto na chácara enquanto se escondia embaixo de um cobertor. Testemunhas relataram que o maníaco estava com uma mochila, mancava e simulava ser um mendigo. Quando avistou a polícia, teria corrido para um córrego perto da casa onde foi visto.

Tiros de metralhadora

A força-tarefa que busca Lázaro Barbosa trocou tiros com o homem após a fuga. Dezenas de policiais civis e militares, viaturas e três helicópteros estão mobilizados na operação. Testemunhas relataram barulho intenso de tiros no fim da tarde. “Foi tiro demais”, disse Bruno Lacerda.

Outra testemunha relata ter ouvido mais de 30 tiros: “Vim deixar uma colega minha do lado da casa do pai do Lázaro e fui ver o que estava acontecendo. Vimos o suspeito dentro de uma casa, agachado. Ele desceu para o córrego. Houve mais de 30 tiros. Disparos de metralhadora”, relatou o vigilante Alexandre Augusto, que estava no local.

Alguns policiais do grupo de elite desembarcaram das aeronaves e fizeram intenso patrulhamento pela vegetação. De acordo com integrantes da coalizão, uma vela com o nome dele foi localizada na mata, o que reforça a suspeita de que Lázaro pratica rituais.

Chacina

As digitais de Lázaro foram encontradas na casa da família Vidal. Cláudio Vidal de Oliveira, 48 anos, Gustavo Marques Vidal, 21, e Carlos Eduardo Marques Vidal, 15, teriam sido mortos por ele a tiro e facadas. O crime ocorreu na madrugada do dia 9/6, no Incra 9, em Ceilândia.

Ele ainda sequestrou Cleonice Marques de Andrade, 43 anos, esposa de Cláudio e mãe das outras vítimas. O corpo dela foi encontrado no dia 12, em um matagal. O cadáver estava sem roupa e com um corte nas nádegas, em uma zona de mata perto da BR-070.

Desde que matou a família Vidal, Lázaro vem entrando e saindo de propriedades, fazendo novas vítimas. Ainda no Incra 9, em Ceilândia, ele invadiu outros dois locais. Em Goiás, ele tem se escondido na região entre Girassol, Edilândia e Cocalzinho, Entorno do DF.

A caçada a ele dura nove dias. Lázaro tem invadido propriedades e chegou a fazer uma família refém.

Família Vidal:

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