Diretor-geral do Detran, Fabrício Moura, será exonerado após denúncias
A decisão foi tomada depois de reunião com o governador Ibaneis Rocha (MDB) na manhã desta quinta (09/05/2019)
atualizado
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O diretor-geral do Departamento de Trânsito (Detran), Fabrício Moura, será exonerado. A decisão foi tomada após reunião com o governador Ibaneis Rocha (MDB) na manhã desta quinta-feira (09/05/2019).
Nesta semana, o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) cobrou explicações do órgão sobre uma licitação milionária para a troca de semáforos por modelos mais modernos.
A Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público e Social (Prodep) instaurou um inquérito civil para apurar possíveis irregularidades no contrato emergencial, firmado com a empresa Sitran.
O assunto tornou-se um ponto de grande preocupação entre integrantes do governo de Ibaneis Rocha. Fabrício teria entregue uma carta de demissão ao governador esta manhã. Em conversa reservada com ele, o emedebista quis ter todas as informações sobre o andamento do processo e deixou claro que não ia admitir nenhum ato ilícito no órgão.
Na quinta-feira (02/05/2019), o MPDFT expediu ofício ao diretor-geral do Detran diante de novas informações que chegaram ao conhecimento da promotoria – de vícios na contratação emergencial realizada em março de 2019.
O documento solicita cópia eletrônica do processo que embasou a celebração do contrato com a empresa Sitran. Os esclarecimentos devem ser prestados até o dia 12 de maio.
Os problemas que envolvem o contrato de manutenção de semáforos começaram em 2018, ainda na gestão de Rodrigo Rollemberg (PSB). O edital de licitação elaborado pela equipe do ex-governador foi aprovado pelo Tribunal de Contas do DF (TCDF), ao custo de R$ 7 milhões.
O último contrato vigente venceu no dia 30 de janeiro deste ano e, em março, foi celebrado um acordo de forma emergencial com a empresa Sitran, com um valor cerca de 15 vezes maior do que a previsão inicial.
Presidente do Sindicato dos Servidores do Detran-DF (Sindetran-DF), Fábio Medeiros disse que a autarquia tem outras prioridades em vez da troca dos semáforos. “É preciso investir na engenharia e educação de trânsito, construir sede própria, melhorar o sistema de informática e contratar 420 profissionais que estão em falta”, assinalou.
Ele defende que o novo diretor-geral seja servidor de carreira. “Mas sem intenção de privatizar o Detran”, acrescentou.