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DF tem 119 pessoas na fila por leitos de UTI; ocupação é de 96%

Segundo Secretaria de Saúde, demanda por terapia intensiva é a pior desde o início da crise de saúde pública

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
Paciente em maca e profissionais de saúde
1 de 1 Paciente em maca e profissionais de saúde - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O Distrito Federal conta com mais leitos de internação em hospitais e unidades de pronto-atendimento (UPAs) que no primeiro pico da Covid-19 na capital, em agosto de 2020. Ainda assim, o número não se mostra suficiente para diminuir o estado crítico que a capital federal enfrenta hoje.

A afirmação é da Secretaria de Saúde (SES), que alerta para a falta de leitos no DF. Neste domingo (7/3), Brasília tem 96,65% dos leitos ocupados e 119 pessoas na fila.

Os números são do InfoSaúde, sistema criado pelo Governo do Distrito Federal (GDF) para dar transparência às informações sobre os impactos locais da crise sanitária mundial e englobam dados gerais, o que inclui infectados pela Covid-19.

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Pela manhã, havia poucos leitos de terapia intensiva para Covid-19 disponíveis, sendo um leito livre de UTI Covid pediátrica no Hospital da Criança de Brasília (HCB), um na UTI do Hospital de Campanha da Polícia Militar e outro de UTI no Hospital de Campanha de Ceilândia.

A diretora-geral do Complexo Regulador em Saúde do Distrito Federal (CRDF), Joseane Gomes, explica que embora às vezes o InfoSaúde mostre leitos livres no painel de consulta do público, ocorre de já haver paciente que estava na fila de espera direcionado para essas vagas. Segundo ela, os leitos de UTI adulto realmente vagos são poucos.

Além disso, há situações em que os leitos estão bloqueados, por motivos de manutenção, falta de algum equipamento ou de recursos humanos.

Já os leitos de UTI neonatal e de Cuidados Intermediários Neonatais (Ucin) são os que oferecem mais vagas, mas a maioria vai para recém-nascidos que têm alguma complicação no parto, prematuros ou que precisam ganhar peso, necessidades bem específicas.

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Novos leitos

De acordo com secretário adjunto de Assistência, Petrus Sanchez, o total de leitos de UTI Covid disponíveis na rede em 10 de fevereiro era de 145, número que foi ampliado para 284. Foi um aumento de 139 leitos exclusivos para atender pacientes com Covid-19.

“É uma média de cinco leitos de UTI Covid por dia nesta ampliação da assistência”, resume Sanchez. “Se for considerado apenas o período da última semana, esse quantitativo chega a 15 leitos por dia colocados na rede para tratamento de covid.”, conclui.

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