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DF registra quarto episódio de discussão entre clientes e motoboys

Confusão entre cliente e motoboy ocorreu, por volta das 13h, desta sexta (16/12), no condomínio Allegro, na QNN 27, em Ceilândia

atualizado

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Pilha de lixo no chão
1 de 1 Pilha de lixo no chão - Foto: Reprodução

As cenas de desentendimento entre motoboys e clientes no Distrito Federal ganharam mais um capítulo nesta sexta-feira (16/12). Por volta das 13h, na portaria do condomínio Allegro, na QNN 27, em Ceilândia, o entregador Caio Rafael Carvalho Rocha, 35, gravou uma discussão que teve com uma cliente na hora do almoço. Foram xingamentos, tapas e até lanche jogado no chão. Este é o quarto episódio de bate-boca entre profissionais e clientes em menos de um mês na capital do país.

Como isso, a categoria se mobilizou para mais um “bololô”, que, no linguajar dos motoboys, consiste em uma grande reunião de integrantes da categoria para promover buzinaços em forma de protestos contra clientes ou estabelecimentos. A reunião está prevista para ocorrer à meia noite desta sexta (16), na frente do endereço citado.

Caio conta que chegou para fazer uma entrega no valor de R$ 150 e que pediu para o porteiro interfonar para que a cliente descesse. “Quando ela desceu, já começou a me agredir verbalmente. Disse que, como ela tinha adquirido um apartamento lá, eu seria obrigado a subir. Expliquei que a gente tinha uma demanda muito grande e não teria como. Depois ela disse que não iria passar o código, pegou o pedido e jogou em mim”, relata. Veja a confusão:

“É uma grande sacanagem que eu vejo acontecer com meus colegas e nunca tinha acontecido comigo. Nas minhas entregas, eu ganho gorjeta, oração. Foi muito desagradável. Fiquei assustado, chateado para caramba. Não é normal a pessoa agir dessa maneira”, lamenta. “A gente tem vários problemas em subir, ganhamos por tempo, então deixamos de ganhar dinheiro. É um cliente novo, com saúde, então não tem essa necessidade. Eu não concordo de subir para pessoas saudáveis. A grande maioria dos clientes é tranquilo e desce. Tem um ano e pouco que trabalho com entrega de aplicativo e nunca tinha acontecido isso comigo”, explica.

Após o desentendimento, o entregador registrou um boletim de ocorrência, mas negou ter organizado qualquer “bololô”. “Não marquei nenhum movimento, mas não tem como segurar os motoboys”, afirma.

A reportagem tentou contato com a cliente em questão pelas redes sociais, mas não obteve resposta até a publicação desta reportagem. O espaço segue aberto para eventuais manifestações.

Outros protestos

O “bololô” marcado para esta sexta (16) será o quarto protesto que entregadores realizam no DF em menos de um mês. Na última segunda (12/12), moradores da Asa Norte registraram um novo protesto de motoboys, após outra discussão de um cliente com um entregador de aplicativo.

O movimento ocorreu na SQN 310, após um morador agredir verbalmente o trabalhador, que se negou a subir até o apartamento do homem para realizar a entrega. Os entregadores ficaram revoltados não somente com a ação do morador da 310 Norte, como também outras ações semelhantes que ocorreram no Cruzeiro e na Asa Sul.

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